Decisão do CMN deve favorecer escoamento da produção de café

Brasília, 30 – O diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Lucas Ferreira, avaliou hoje que a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de elevar os limites de financiamento para a cafeicultura vai permitir que os cafeicultores escolham o melhor momento para venda de café. “A pressão de venda durante a colheita será reduzida, período em que há grande concentração de custos, como a de mão-de-obra”, avaliou.
A colheita da safra de café já começou no Espírito Santo.

Ontem, o CMN decidiu ampliar de R$ 2 mil para R$ 3 mil por hectare o limite para financiamento para custeio e colheita das lavouras de café. O limite por produtor passou para R$ 400 mil, ainda que em mais de uma propriedade. A origem dos recursos é o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

O diretor acrescentou que a linha de financiamento da colheita poderá ser integralmente convertida para a estocagem, segundo as normas do CMN (resolução nº 3451).

Nesta semana, o ministério liberou mais R$ 150 milhões para o Banco do Brasil financiar a colheita de café da safra 2008. Os cafeicultores já podem contar com um total de R$ 350 milhões dos R$ 496 milhões previstos para o financiamento da colheita da atual safra.

Até agora, entre as instituições financeiras envolvidas nesta operação estão o Banco Cooperativo do Brasil S/A (Bancoob), com R$ 140 milhões; o Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), com R$ 10 milhões; a Cooperativa Central de Crédito de Minas Gerais (Crediminas), com R$ 35 milhões; a Cooperativa de Crédito Rural dos Cafeicultores da Região de Varginha (Credivar), com R$ 10 milhões e o Banco Ribeirão Preto S/A, com R$ 5 milhões.

Os R$ 146 milhões restantes serão liberados à medida que forem solicitados pelas instituições financeiras contratadas. As informações são da assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura.