O café, originário da Etiópia, chegou ao Brasil pelas mãos da traição. Proibido pela religião mulçumana por ser excitante, o café chegou antes à Europa através da biopirataria.
A França resolveu utilizar a Guiana Francesa para plantar o produto. Por volta de 1750, o marquês de Pombal para resolver um “litígio de fronteira”, mandou dois emissários para resolver a questão. Um deles era Francisco Palheta.
Desconfiado que os brasileiros queriam, na verdade, roubar mudas da planta, o governador da Guiana não permitiu que se hospedassem em hotel e nas dependências do palácio passa a vigiá-los.
Mas uma paixão repentina rompeu o cerco da segurança. Magoada com o marido, a esposa do governador deu, gratuitamente, para Palheta, algumas mudas de café e até o ensina como cuidar. O café entrou no Brasil pelo Pará e a primeira marca, e que existe até hoje, leva o nome de Palheta.