A cultura do café será uma das mais afetadas com o aquecimento global. A produção atual, que é de 30 milhões de sacas, poderá cair em 2100, para 2,4 milhões de sacas, um prejuízo em torno de US$ 375 milhões. A previsão é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O estudo, realizado pelo pesquisador Eduardo Assad (foto), chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP), foi apresentado nessa terça-feira (03), na Câmara dos Deputados, na audiência pública que discutiu os efeitos do aquecimento global sobre a agricultura brasileira. Assad mostrou ainda o impacto das alterações climáticas em culturas como o feijão, soja, algodão, arroz, milho e cana-de-açúcar, simulando aumentos na temperatura de 1 a 5,8 graus Celsius. Em todos os casos verificou-se uma redução considerável de áreas plantadas em todo o país.
A preocupação com os efeitos gerados, resultou em possíveis soluções que devem ser tomadas para evitar essas conseqüências trágicas num futuro bem próximo. Uma delas seria a mitigação, que consiste em sistemas mais eficientes e limpos, como a redução de queimadas; substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis (cana-de-açúcar, soja, mamona, feijão, dendê); florestamento e reflorestamento; energias alternativas, dentre outros. A adaptação também seria uma forma de solucionar o problema, por meio do melhoramento genético, desenvolvendo variedades resistentes a altas temperaturas e à seca, além da introdução de novas culturas.
Para Assad, apesar dos problemas constatados , ainda há tempo de reverter essa situação. “Esse é um problema que a Embrapa já vem se preocupando há muito tempo e, por essa razão, já realiza estudos sobre o assunto. Nosso trabalho verificou que há solução para esse cenário que está se formando cada vez mais rápido. Agora é necessário unirmos esforços com segmentos de toda a sociedade para mudar esse quadro crítico.”
Recursos
Durante o debate os deputados demonstraram interesse pelos estudos apresentados pela Embrapa, e também chamaram atenção para a importância em garantir recursos para o orçamento do próximo ano.
A questão sobre recursos foi reforçada pela pesquisadora da Embrapa, Magda Lima, presente na audiência pública como representante da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima. Ela ressaltou que “sem investimento não avançaremos na pesquisa”. Outro ponto destacado por Magda, disse respeito a necessidade de aprimoração dos modelos de previsão dos impactos da mudança do clima no setor agropecuário.
Fonte
Embrapa
Juliana Freire – Jornalista
www.embrapa.br
A cultura do café será uma das mais afetadas com o aquecimento global. A produção atual, que é de 30 milhões de sacas, poderá cair em 2100, para 2,4 milhões de sacas, um prejuízo em torno de US$ 375 milhões. A previsão é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O estudo, realizado pelo pesquisador Eduardo Assad(foto), chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP), foi apresentado nessa terça-feira (03), na Câmara dos Deputados, na audiência pública que discutiu os efeitos do aquecimento global sobre a agricultura brasileira. Assad mostrou ainda o impacto das alterações climáticas em culturas como o feijão, soja, algodão, arroz, milho e cana-de-açúcar, simulando aumentos na temperatura de 1 a 5,8 graus Celsius. Em todos os casos verificou-se uma redução considerável de áreas plantadas em todo o país.
A preocupação com os efeitos gerados, resultou em possíveis soluções que devem ser tomadas para evitar essas conseqüências trágicas num futuro bem próximo. Uma delas seria a mitigação, que consiste em sistemas mais eficientes e limpos, como a redução de queimadas; substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis (cana-de-açúcar, soja, mamona, feijão, dendê ; florestamento e reflorestamento; energias alternativas, dentre outros. A adaptação também seria uma forma de solucionar o problema, por meio do melhoramento genético, desenvolvendo variedades resistentes a altas temperaturas e à seca, além da introdução de novas
culturas.
Para Assad, apesar dos problemas constatados , ainda há tempo de reverter essa situação. “Esse é um problema que a Embrapa já vem se preocupando há muito tempo e, por essa razão, já realiza estudos sobre o assunto. Nosso trabalho verificou que há solução para esse cenário que está se formando cada vez mais rápido. Agora é necessário unirmos esforços com segmentos de toda a sociedade para mudar esse quadro crítico.”
Recursos
Durante o debate os deputados demonstraram interesse pelos estudos apresentados pela Embrapa, e também chamaram atenção para a importância em garantir recursos para o orçamento do próximo ano.
A questão sobre recursos foi reforçada pela pesquisadora da Embrapa, Magda Lima, presente na audiência pública como representante da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima. Ela ressaltou que “sem investimento não avançaremos na pesquisa”. Outro ponto destacado por Magda, disse respeito a necessidade de aprimoração dos modelos de previsão dos impactos da mudança do clima no setor agropecuário.
Juliana Freire(MTb03053/DF)
Assessoria de Comunicação Social
Contatos:(61) 3448 4015