Cultivo de café em conjunto com capim braquiária requer cuidados

Por: Regiao Noroeste

Fernandópolis – Para que o plantio de determinadas culturas agrícolas tenha sucesso, alguns fatores são determinantes, como condições climáticas, ambiente e solo. Sendo assim, uma mesma produção pode apresentar resultados diferentes se cultivados em regiões onde as características se divergem.

Neste sentido, o manejo da lavoura é outro ponto determinante para o desenvolvimento da atividade. Ao passo que, ao ser identificado qualquer problema com a cultura, é necessário uma inspeção profissional na área de produção.

Tomando como base o café conilon, pode-se dizer que a produção do café juntamente com o capim braquiária é uma boa oportunidade, pois existem vantagens nesse consórcio. Existem estudos que comprovam experiências bem-sucedidas do plantio da gramínea em cafezais voltados para a produção de massa, o que resulta em um aumento significativo da fertilidade do solo, além de sequestro de carbono.

CONSÓRCIO

Mas, caso o produtor opte por essa plantação em consórcio, é preciso ter um cuidado com o controle que será aplicado ao capim e se este é o ideal. Para uma conclusão sem margem de erros, é preciso que, antes da implantação das culturas, o produtor saiba qual é o tipo de solo, faça a correção da acidez, adubação e outros tratos culturais. Muitas vezes, o fracasso deste consórcio encontra-se no manejo inadequado.

O capim braquiária, principalmente o brizantha, é responsável por causar o efeito da alelopatia, um fenômeno químico provocado por uma toxina seletiva desenvolvida por ácidos existentes nas gramíneas. No entanto, isto ocorre somente se não houver um manejo adequado da lavoura.

Com o uso adequado de corretivos, herbicidas e revolvimento do solo nas faixas de plantios das culturas implantadas em consórcios ou nas áreas que foram pastagens anteriormente, não existirão barreiras que impeçam o desenvolvimento da outra cultura, ou seja, do café.

Sendo assim, o café pode até mesmo tirar proveito da associação com a braquiária, caso o manejo seja adequado, pois a roçagem constante do capim acaba promovendo uma cobertura morta, o que evita a exposição do solo e, consequentemente, a maior perda de água. Além disso, irá impedir a germinação e o desenvolvimento de outras plantas. Mas isso não impede de, quando necessário, fazer uso de herbicida específico para eliminar o capim e manter a cobertura morta.

A cultura do café só será prejudicada pelo consórcio com a braquiária se ele não passar pelos tratos culturais necessários e não receber um manejo apropriado. Caso contrário, à medida que a planta do café for se desenvolvendo bem nutrida e for ganhando altura, o capim irá cedendo área.

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