19/10/2009 – Agricultores do sul de Minas Gerais encontraram no cultivo da amora uma alternativa para compensar o baixo preço do café. Quem investiu na fruta, agora colhe bons lucros. Luiz trabalhou com café durante 15 anos. Descontente com a atividade, resolveu mudar de ramo. Eu arranquei 15 mil pés de café.
O cafezal deu lugar às amoreiras. Em seis anos, Luiz passou de 200 para 20 mil pés. São cinco hectares que, este ano, devem produzir uma média de 20 toneladas da fruta. As amoras, que ainda estão vermelhas, vão para o Ceasa de São Paulo. Já as mais maduras abastecem a indústria de geleias. Como a propriedade é pequena, a mão de obra é familiar. Foi preciso aprender a desviar dos espinhos. “Nós trabalhamos sem luva porque é no tato que se sente o ponto de maturação da amora.
Às vezes, ao olhar ela está roxa, está boa”, explicou a agricultora Rosana Tavares do Lago. Em uma fazenda da região, o feijão é uma das principais culturas. Mas a amora é a aposta do agricultor Paulo César Bernardes para melhorar a renda. Segundo Cleverson Menegucci, extensionista da Emater, a amora é uma boa alternativa de renda já que a produtividade é alta. “Nós temos uma produtividade média de dez a 18 toneladas por hectare. O preço do quilo é bom”, disse. A colheita da amora começou em setembro e vai até janeiro. As informações partem do Globo Rural.