Crise econômica mundial poderá afetar demanda de café na Colômbia

Apesar dos bons prognósticos da Federação Nacional dos Cafeicultores (Federecafe) e da Organização Internacional do Café (OIC) em relação ao consumo de café para 2009, a demanda na Colômbia poderá sofrer uma redução considerável devido à atual crise mundial.

A análise foi da Diretora Geral de Planejamento Nacional da Colômbia, Carolina Rentería, ao confirmar que as estatísticas de crescimento econômico e a demanda do café têm uma relação diretamente proporcional.

De fato, em 2001 quando houve decrescimento econômico em nações como Alemanha, Japão e Estados Unidos, o consumo chegou a seus níveis mais baixos.

Hoje, segundo as análises, estas três economias se encontram em recessão, situação complicada, ainda mais quando elas representam por 60% das exportações colombianas de café.

Ainda segunda Rentería, a queda não é iminente, existem consideráveis riscos frente a esse fato.

Em relação ao dólar, ela considerou como positiva a atual evolução da taxa de câmbio, pois melhorou a competitividade das exportações colombianas e os rendimentos dos cafeicultores.

Apesar disto, poderá ocorrer um efeito negativo sobre os custos dos insumos importados. No caso dos fertilizantes, apesar da queda do preço do petróleo, que pressiona os preços do produto para baixo, o seu valor ainda depende da taxa de câmbio.

Crise econômica

Durante a análise sobre a crise econômica internacional e seus efeitos sobre a Colômbia e o setor cafeeiro, o ministro da Fazenda, Alberto Carrasquilla, reconheceu ser um ano complicado.

Apesar disso, Rentería afirmou que a situação não é tão grave como parece, pois a Colômbia está bem preparada para assumir novos riscos.

Carrasquilla considerou que mesmo diante de todos os fatores, a situação é favorável para o país, pois os créditos bancário e hipotecário seguem crescendo.

Também foram otimistas em que a Colômbia cumpra as metas de crescimento e apostaram em uma taxa de 4,1%. Estimaram a inflação em 4,5%, ficando dentro das projeções do Governo.

As informações partem de agências internacionais, conforme noticiou o
Café e Mercado.