São Paulo, 22 – O diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), Guilherme Braga, disse nesta terça-feira que a crise econômica, em particular na Europa, ainda é incapaz de alterar a firme demanda por café. Segundo ele, o consumo da bebida cresce a taxas moderadas, mas é positivo. “Nada indica que esse quadro será alterado”, disse ele, que participou do seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2012 e 2013, em São Paulo.
Conforme Braga, o consumo continua evoluindo, mesmo nos principais mercados do Brasil, como países da Europa, Estados Unidos e Japão “os mais confrontados com a crise econômica”.
O diretor do Cecafé comentou que, do lado da oferta, “não se observa nenhuma expansão. A tendência é o mercado entrar em processo de estabilização dos preços, até com moderadas altas”, afirmou.
Os exportadores consideram que o câmbio deve permanecer nos atuais níveis, ou até recuar um pouco, para um patamar entre R$ 1,90 e R$ 2,00, no qual poderá se estabilizar.
Com relação ao desempenho da exportação brasileira de café, Braga estimou que a receita cambial deve ficar um pouco abaixo do previsto, em cerca de US$ 8 bilhões em 2012. No ano passado, o País exportou cerca de US$ 8,6 bilhões. O volume deve se manter em cerca de 32 a 33 milhões de sacas de 60 kg. Ele explicou que o mundo vai entrar em uma condição de mais conforto na oferta de café a partir do segundo semestre, por causa da entrada da safra brasileira no mercado.