Criação da Câmara Técnica do Café deve revitalizar setor cafeeiro baiano

Os problemas do setor cafeeiro nacional e estadual e os incentivos aos pequenos e médios produtores serão discutidos na décima edição do Simpósio Nacional do Agronegócio Café (Agrocafé) até amanhã.

A solenidade de abertura do evento, ocorrida ontem no Gran Hotel Stella Maris Resort, reuniu produtores e empresários do setor.

Para revitalizar o agronegócio cafeeiro da Bahia, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), articula a criação da Câmara Técnica do Café, que deverá traçar estratégias para melhorar a qualidade do produto.

O objetivo é ampliar a produção do café fino, que já tem grande aceitação no mercado nacional e internacional.

Para isso, estão sendo adquiridos equipamentos para trabalhar com a pós-colheita, como despolpadeiras e secadores, que viabilizam o beneficiamento, além da renovação de cafezais.
“Na Câmara Técnica buscaremos alternativas comuns para os agricultores e para o governo. A cafeicultura baiana envolve mais de 10 mil famílias e com a sua ampliação podemos agregar valores”, enfatizou o governador Jaques Wagner.

Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo, a produção de café na Bahia está estagnada há quatro anos, permanecendo com 2,5 milhões de sacas por ano.

Ele acredita que a assistência técnica da câmara pode contribuir com o aumento da produção, possibilitando melhorias principalmente nas plantações dos pequenos agricultores, que não têm recursos para contratar agrônomos.

A criação da Câmara Técnica é uma exigência do Conselho Nacional de Política Agrícola, devendo ser cumprida por todos os estados brasileiros.

Com esta ferramenta, os agricultores de pequeno e médio porte poderão aprender sobre a melhor maneira de adubar a terra, como deve ser feita a colheita e a torrefação, princípios básicos para a qualidade final do produto.


Revitalização

As propriedades produtoras baianas estão estimadas em 10 mil, das quais 50% são de pequenos produtores, 40% de médios e apenas 10% são consideradas grandes. Desta última, apenas 5% apresentam áreas superiores a 100 hectares, concentradas no oeste, onde a atividade é empresarial.

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