Crédito para famílias deve renovar 20% das lavouras de café no Espírito Santo

Para renovar cerca de 20% das lavouras cafeeiras de base familiar da região das montanhas do Espírito Santo, a Secretaria estadual de Agricultura e o Banco do Brasil firmaram uma parceria para atender ao agricultor. O Programa de Renovação de Lavouras pretende atingir os produtores de café arábica, com recursos para financiamento no valor de R$ 20 milhões. O financiamento estará disponível para aplicação até 30 de junho de 2006, quando se encerra a safra 2005/2006.

O lançamento acontece nesta quinta-feira. De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Agricultura, o Espírito Santo foi escolhido pelo Banco do Brasil para o lançamento nacional do programa de renovação dos pés de café. O valor máximo que cada produtor pode utilizar é de até R$ 28 mil de acordo com a renda bruta anual e a capacidade de pagamento.

O investimento por hectare de lavoura a ser renovada é de R$ 3 mil. Dessa forma, o valor disponibilizado para a safra 2005/2006 deve atingir cerca de 7.000 hectares de lavoura de café. O programa utilizará as linhas da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 3% ao ano, com até oito anos de prazo para pagamento, incluídos três anos de carência.

O valor disponibilizado pelo convênio é de R$ 285 milhões – que é 20% maior do que o total aplicado na safra passada – beneficiando a todos os produtores rurais, suas cooperativas e associações. O plano encerra-se em 30 de junho de 2006, data limite para aplicação dos recursos disponibilizados e possibilitarão a assistência a cerca de 35 mil produtores da base familiar e da base empresarial.

O programa de crédito para a lavoura cafeeira vai apoiar a renovação e a substituição de lavouras de café, velhas e improdutivas, exploradas de forma familiar, por novas lavouras formadas a partir de materiais genéticos que apresentem melhor produtividade e qualidade. A proposta é renovar até 20% da lavoura antiga por produtor e por ano/safra, não causando assim redução significativa na renda do produtor.