fonte: Cepea

Crédito: Cafeicultores sentem aperto

Os produtores de café já vêm sentindo na “pele” os efeitos da crise financeira americana, que se espalha pelo mundo, com aperto no crédito no setor bancário. Produtores de café de Minas Gerais e São Paulo, por exemplo, tem tido dificuldades de acesso ao crédito, inclusive com recursos de financiamentos do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) estando travados. “Não tenho visto disponibilidade de crédito”, salienta fonte da área de comercialização de uma cooperativa que atua no sul-mineiro.


A comercialização de café no sul de Minas Gerais está parada, com produtores fora de mercado diante da turbulência nas bolsas internacionais, levando-se em conta as recentes quedas acentuadas do café na Bolsa de Nova York. A alta do dólar vem compensando estas perdas externas, mas o preço em reais ainda está longe daquele pelo qual o cafeicultor está disposto a vender seu café, diz a fonte.


A estimativa é de que cerca de 50% da safra 2008 de café do sul de Minas Gerais esteja já comprometida, seja com vendas físicas ou para entrega futura, como, por exemplo, através de CPRs (Cédula de Produto Rural). O preço do café arábica bebida dura tipo 6 hoje no sul de Minas é de R$ 250,00 a saca, aponta a fonte entrevistada pela Agência SAFRAS.


Os produtores estão retendo a oferta capitalizados com as vendas já feitas, com financiamentos já liberados pelo Funcafé e pela rolagem de dívidas, coloca a fonte. No entanto, chega em algum momento o período de necessidade de fazer caixa, e sem crédito nos bancos, o quadro se complica para o cafeicultor.


As informações são de Lessandro Carvalho para a Agência Safras,

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