COTAÇÃO DO CAFÉ – operações no mercado cafeeiro retornaram aos trabalhos de forma positiva

As operações no mercado cafeeiro retornaram aos trabalhos de forma positiva, mesmo com a posição março em N.Y. fechar com queda de 2,80 pontos a forte alta do dólar impulsionou as cotações nesta segunda-feira. 

O dólar comercial chegou a subir mais de 3%, mas depois reduziu um pouco o avanço e fechou a primeira sessão de 2016 em alta de 2,18%, cotado a R$ 4,0340. Os investidores estavam preocupados com a economia da China, após dados fracos sobre a indústria do país. Uma pesquisa mostrou que a indústria do país encolheu em dezembro, pelo 10º mês seguido. Os dados tiveram efeito na Bolsa de Valores chinesa, que despencou 7%. Com isso, as negociações das ações foram suspensas pela primeira vez. Ainda do exterior, dados mostraram que o setor industrial nos Estados Unidos contraiu ainda mais em dezembro, com o dólar forte prejudicando as exportações. Além disso, os gastos com construção tiveram a primeira queda em quase um ano e meio em novembro. No Brasil, o pessimismo com o cenário político acentuou ainda mais a alta do dólar. O recesso no Congresso Nacional adia a decisão de medidas importantes para a busca do ajuste das contas públicas. Entre as medidas a serem analisadas pelo Congresso após a volta do recesso está a retomada da CPMF, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 e necessária nos cálculos do governo para fechar o ano com a meta de economizar 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto). O Banco Central fez nesta sessão o primeiro leilão de rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 1º de fevereiro, com oferta de até 11,6 mil contratos. Na operação, o BC rolou o equivalente a US$ 563,4 milhões, ou cerca de 5% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões. 

Conforme boletim da Somar Meteorologia, frente fria na Bahia e instabilidades tropicais no interior causam chuva forte e abrangente sobre áreas produtoras do Cerrado de Minas Gerais e sul da Bahia hoje e durante boa parte desta semana A partir do próximo fim de semana, a chuva enfraquece sobre a maior parte das áreas produtoras. Somente no Paraná, uma outra frente fria traz chuva forte. 

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) contratou, até o momento, R$ 54,6 milhões pelo Funcafé. Os recursos serão destinados para a safra 2015/2016 e beneficiarão a atividade produtora de café em Minas Gerais. “O café mineiro representou 61,8% do produto exportado pelo Brasil em 2014. Sua relevância para economia mineira e para a pauta exportadora do Estado justifica o apoio do BDMG ao setor”, explica o diretor de negócios do BDMG, Carlos Fernando Vianna. O anúncio de R$ 143,5 milhões para financiamentos pelo Funcafé foi realizado em agosto pelo governador Fernando Pimentel. São R$ 40 milhões para estocagem e R$ 30 milhões para financiamento para aquisição de café. Os outros R$ 73,5 milhões são destinados para capital de giro, dos quais R$ 30 milhões para indústrias de torrefação e R$ 43,5 milhões para as cooperativas. De acordo com Vianna, a expectativa do BDMG é ampliar os financiamentos ao setor em 2016. O objetivo vai ao encontro do mercado nacional. Segundo relatório da Organização Internacional do Café (OIC), recém-divulgado, o Brasil registrou recorde de exportação de café em novembro com 3,37 milhões de sacas – 6,9% maior que o mesmo período no ano passado. A OIC aponta perspectivas positivas para o setor e destaca o recorde de exportação de 36,9 milhões de sacas no ano cafeeiro de 2014/15. Sobre o Funcafé – O Funcafé foi criado em 1986 e gerenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tendo como principal objetivo o financiamento, modernização e incentivo à produtividade da cafeicultura, da indústria e da exportação, além do desenvolvimento de pesquisas. Fonte: Agência Minas.