MERCADO INTERNO |
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BOLSAS N.Y. E B.M.F. |
Sul de Minas |
R$ 298,00 |
R$ 288,00 |
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Contrato N.Y. |
Fechamento |
Variação |
Mogiano |
R$ 298,00 |
R$ 288,00 |
Setembro/2010 |
158,55 |
-5,25 |
Alta Paulista/Paranaense |
R$ 288,00 |
R$ 278,00 |
Dezembro/2010 |
159,30 |
-5,20 |
Cerrado |
R$ 302,00 |
R$ 298,00 |
Março/2011 |
159,30 |
-5,05 |
Bahiano |
R$ 288,00 |
R$ 278,00 |
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* Cafés de aspecto bom, com catação de 10% a 20%. |
Contrato BMF |
Fechamento |
Variação |
Cons Inter.600def. Duro |
R$ 235,00 |
R$ 225,00 |
Setembro/2010 |
185,95 |
-5,60 |
Cons Inter. 8cob. Duro |
R$ 250,00 |
R$ 245,00 |
Dezembro/2010 |
183,85 |
-5,75 |
Dólar Comercial: |
R$ 1,7740 |
Março/2011 |
185,60 |
-5,80 |
As operações no mercado cafeeiro finalizaram a terça-feira em queda. Vendas baseadas em critérios técnicos pressionaram fortemente as cotações em N.Y; com ordens automáticas de venda sendo acionadas após romper 160 cents/lb, no fechamento a posição setembro registrou – 5,25 pontos.
Após registrar quatro dias seguidos em alta, o dólar fechou hoje com queda de 0,73%. Um fluxo de entrada interrompeu a série de altas, e fez o mercado doméstico se descolar do comportamento visto entre outras moedas, já que no exterior o dólar subia ante o euro e o iene. Mesmo não sendo identificada pelo operadores, a entrada de recursos pode estar ligada a alguma captação externa, entre as que vêm sendo realizadas desde o início deste mês, a processos de arbitragem pela expectativa de mais uma alta na taxa básica de juros brasileira (de 0,50 ou 0,75 ponto porcentual) ou até um desmanche de posições para compra de blue chips na bolsa, as ações PNA da Vale subiam perto de 6% e respondiam por quase um terço do giro.
O Comitê de Política Monetária (Copom) inicia hoje, sua reunião de dois dias para discutir os rumos da política monetária e, ao final do segundo dia de reunião, decidir a taxa Selic (juro básico da economia). Antes quase um consenso, a alta de 0,75 ponto da taxa Selic já não é maioria, mas mesmo um avanço de 0,50 ponto torna a atual taxa Selic, de 10,25% ao ano, ainda mais atrativa para as arbitragens.
Mais um dado ruim sobre a economia americana foi conhecido hoje, o número de obras residenciais iniciadas em junho, que caiu 5%. As permissões para novas construções subiram 2,1% em junho. Os rumores sobre falta de liquidez de alguns bancos que estão passando pelos testes de estresse na Europa, entretanto, pressionaram a moeda única do bloco, que caiu ante o dólar. Ainda há expectativa de que o governo do Japão intervirá para deixar a moeda mais fraca depois que ela alcançou, na semana passada, a cotação mais valorizada dos últimos sete meses, o que prejudica as exportações.
A Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou o relatório das receitas cambiais no primeiro semestre de 2010:
Exportação de café verde: teve elevação de 14,26% em comparação com o mesmo período do ano passado. O faturamento alcançou US$ 1,993 bilhão, ante US$ 1,744 bilhão. O volume embarcado no período teve queda de 3,8%, para 771.379 toneladas ante 801.883 t o mesmo período em 2009. O preço médio de exportação teve elevação de 18,78% no período, de US$ 2.175/t para US$ 2.583/t. Entre os 15 principais destinos do café verde brasileiro no acumulado de janeiro a junho de 2010, a receita apresentou queda para França (10,82%), Finlândia (-0,62%) e Eslovênia (-6,65%). Houve aumento expressivo para Rússia (104,33%), Países Baixos (32,40%), Argentina (21,97%) e Bélgica (13,20%). O principal comprador de café verde brasileiro até junho, em volume, foi a Alemanha, q ue apresentou queda de 5,88% ante 2009. O segundo, Estados Unidos (queda de 8,84%). Entre os principais compradores, cresceu o volume embarcado para Rússia (66,70%), Países Baixos (20,50%) e Argentina (6,52%). Em termos porcentuais, houve forte retração no volume vendido principalmente para França (23,06%), Finlândia (-21,89%), Eslovênia (21,06%) e Japão (14,55%).
Exportação com café solúvel: apresentou elevação de 18,12% nos primeiros seis meses, em relação ao mesmo período de 2009. Os industriais faturaram US$ 252,370 milhões, em comparação com US$ 213,650 milhões entre janeiro e junho do ano passado. O País exportou no período 37.086 toneladas, com aumento de 22,38% em relação a 2009 (30.305 t). O preço médio da tonelada ficou em US$ 6.805/t, ante US$ 7.050/t em 2009, representando queda de 3,48%. Segundo o relatório, os Estados Unidos foram o principal do destino do café processado brasileiro no primeiro semestre de 2010, com elevação de 2,73% em termos de receita sobre 2009. Também foi significativo o aumento da receita, em termos porcentuais, para México (4.243%), Chile (351,58%), Bélgica (90,46%) e Coreia do Sul (59,72%) . Entre os 15 principais destinos do café processado brasileiro, quatro tiveram redução em receita cambial, Indonésia (-27,94%), Reino Unido (-22,66%), Japão (15,42%) e Cingapura (-9,13%). O principal comprador de café solúvel brasileiro no semestre, em volume, foram os Estados Unidos, que apresentaram aumento de 13,65% ante 2009. O segundo, a Rússia (+51,46%). Em termos porcentuais, houve aumento significativo no volume vendido para México (6.271%), Chile (397,14%), Mianmar (108,19%) e Bélgica (93,81%). O volume embarcado reduziu para 4 destinos, entre os 15 principais mercados: Reino Unido (-17,37%), Japão (-12,79%), Cingapura (-12,11%) e Indonésia (-4,27%).
Exportação de café torrado e moído: teve queda de 28,81% no primeiro semestre de 2010, em relação ao mesmo período do ano passado. Os industriais faturaram US$ 10,902 milhões, em comparação com US$ 15,315 milhões entre janeiro e junho de 2009. O País exportou no período 2.229 toneladas, com redução de 20,85% em relação ao ano anterior (2.816 t). O preço médio da tonelada no período ficou em US$ 4.891/t, ante US$ 5.439/t, representando queda de 10,07%. Segundo o relatório, os Estados Unidos foram o principal destino do café processado brasileiro, com redução de 43,88%, em termos de receita. O segundo principal mercado foi a Itália (-10,28%). A Argentina é o terceiro principal mercado (+108,51%), seguida do Japão (+4,40%).