COTAÇÃO DO CAFÉ – Operações no mercado cafeeiro finalizaram a terça-feira com desvalorização

As operações no mercado cafeeiro finalizaram a terça-feira com desvalorização. Em N.Y. a posição maio atingiu mínima de -8,85 pontos fechando com -3,55.  A volatilidade das commodities agrícolas e a firmeza do dólar conduziram as cotações hoje.

O dólar comercial fechou na mínima do dia, em queda de 0,30%, cotado a R$ 1,6610. A moeda oscilou 0,30% na sessão e a cotação máxima, registrada pela manhã, foi de R$ 1,666 (estável). O dólar no mercado doméstico oscilou em leve baixa hoje, em meio ao praticamente concluído ajuste das instituições financeiras ao depósito compulsório sobre posições vendidas em dólar e à situação externa sem novidades negativas. A moeda acentuou a queda na meia hora final de negócios no mercado interbancário de câmbio, em sintonia com a ampliação dos ganhos da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que foram puxados por ações de bancos, construtoras e Petrobras diante das avaliações de que o Banco Central poderá não ser tão agressivo na política monetária. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, mais cedo, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, antecipou que os agentes financeiros já teriam se ajustado à nova regra do  compulsório, uma vez que a posição vendida das instituições financeiras caiu de quase US$ 17 bilhões em dezembro, antes da adoção das medidas, para US$ 7 bilhões agora. Pela norma criada em janeiro, a partir do início de abril as instituições devem se adequar à cobrança de compulsório sobre posições vendidas em dólar acima de US$ 3 bilhões ou do patrimônio de referência. No jargão do mercado financeiro, “estar vendido” sinaliza realização de negócios que exigem a entrega futura de dólar ou pagamento da variação cambial. Na prática, isso representa a aposta dos bancos de que o real vai se valorizar. Esse enquadramento de posições, combinado com um fluxo cambial pequeno, e o vaivém do dólar no exterior perto da estabilidade em relação a outras divisas internacionais teriam justificado a pouca variação das cotações do dólar ante o real durante o dia, segundo um operador de tesouraria de um banco local. Nesse contexto, pela quinta sessão consecutiva, o Banco Central fez somente um leilão de compra à vista, no qual definiu a taxa de corte em R$ 1,6629. Como o dólar comercial caiu hoje pela terceira sessão consecutiva, os agentes do mercado voltam a ficar atentos a eventuais novas medidas cambiais do governo a fim de evitar a apreciação do real.

O paranaense Felipe Oliveira, do café Lucca Cafés Especiais, foi o grande campeão do 10º Campeonato Brasileiro de Barista. Sua vitória foi divulgada na noite da última quinta-feira, dia 17 de março, pela Associação Brasileira de Café e Barista (ACBB). Ele irá representar o país no Campeonato Mundial de Barista, que acontece em junho, na Colombia. Yara Castanho, do Octávio Café, e Bruno Ferreira ficaram com o segundo e terceiro lugar, respectivamente. As competições ocorreram do dia 14 ao dia 17 de março, na Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL), onde participaram 28 profissionais de todo o Brasil.

Durante esses dias  aconteceram, em paralelo:

4º Campeonato Brasileiro de Latte Art – Um dos campeonatos mais famosos do CBB, o Latte Art é disputado por especialistas na arte de desenhar figuras com leite na superfície do café espresso. Felipe Oliveira (Lucca Cafés Especiais) , também foi o vencedor  deste ano. O paranaense irá representar o Brasil no mundial de Latte Art deste ano na Holanda.

4º Campeonato Brasileiro de Coffee in Good Spirits – Nesta competição, os baristas precisam preparar bebidas alcoólicas à base de café. Pelo terceiro ano consecutivo, o campeão foi o mixologista Marco De La Roche.

3º Campeonato Brasileiro de Cup Tasters – Esta é uma prova de avaliação sensorial do café, destinada a provadores e classificadores profissionais. Em 2010, foi aberta a participação de baristas e apaixonados por café. A competição consiste em oito testes triangulares: de três xícaras, duas trazem o mesmo café, e o competidor deverá identificá-lo. De cada dupla competidora, ganha quem acertar o maior número de cafés. Pelo segundo ano consecutivo, a vencedora foi a classificadora de cafés Carolina Franco, do Lucca Cafés Especiais (PR), que na prova final acertou todas as oito trincas de café em 2 minutos e 35 segundos.