MERCADO INTERNO
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BOLSAS N.Y. E B.M.F.
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Sul de Minas |
R$ 440,00 |
R$ 410,00 |
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Contrato N.Y.
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Fechamento
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Variação
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Mogiano |
R$ 440,00 |
R$ 410,00 |
Setembro/2014 |
189,40 |
-1,10 |
Alta Paulista/Paranaense |
R$ 430,00 |
R$ 400,00 |
Dezembro/2014 |
193,40 |
-1,00 |
Cerrado |
R$ 450,00 |
R$ 430,00 |
Março/2015 |
196,85 |
-0,95 |
Bahiano |
R$ 430,00 |
R$ 400,00 |
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* Cafés de aspecto bom, com catação de 10% a 20%. |
Contrato BMF
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Fechamento
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Variação
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Setembro/2014 |
226,65 |
-1,75 |
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Dezembro/2014 |
234,55 |
-1,45 |
Dólar Comercial: |
R$ 2,2830 |
Março/2015 |
237,80 |
-1,55 |
As operações em N.Y. finalizaram a terça-feira com leve queda, a posição setembro oscilou entre a mínima de -3,15 pontos e máxima de +4,65, fechando com -1,10 pts. No interno bases de preço R$10,00 acima dos valore mencionados, quando N.Y. se encontrava em alta.
O dólar comercial fechou em alta de 0,89%, cotado a R$ 2,2830. No contexto externo, os investidores estavam pessimistas com a economia chinesa. O crescimento do setor de serviços chinês desacelerou em julho ao nível mais lento em quase nove anos, segundo a pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês). "Há uma preocupação de que, se a China desacelerar mais, isso afetaria as economias emergentes, e o Brasil está dentro desse grupo de economias que têm uma relação comercial estreita com a China", disse o estrategista-chefe de um banco à agência de notícias Reuters. Dados fortes sobre a economia norte-americana também influenciaram o dólar. As novas encomendas de bens industriais nos EUA subiram mais que o esperado em junho, e o crescimento do setor de servi ços do país atingiu maior nível em oito anos e meio em julho. De acordo com a Reuters, dados positivos sobre a economia dariam espaço para o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) começar a subir as taxas de juros no país mais cedo que o esperado. A alta dos juros lá preocupa investidores brasileiros, pois isso poderia atrair para os EUA recursos atualmente investidos em países emergentes, como é o caso do Brasil. No cenário brasileiro, as atuações do Banco Central também influenciaram o resultado do dólar.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assinou dois novos contratos, no valor de R$ 404 milhões, para repasses de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). O acordo, publicado no Diário Oficial da União dessa segunda-feira (4), foi feito com o Itaú Unibanco e com o Banco do Estado do Espírito Santo S.A. (Banestes). O contrato firmado com o Itaú Unibanco foi de R$ 287 milhões, em operações de estocagem de café (R$ 80 milhões); aquisição de café (FAC – R$ 49 milhões); capital de giro para a indústria de torrefação de café (R$ 65 milhões); capital de giro para a indústria de café solúvel (R$ 27 milhões) e capital de giro para a cooperativa de produção (R$ 66 milhões). O valor do contra to realizado com o Banestes foi de R$ 117 milhões. Do total, R$ 109 milhões foram destinados para operações de custeio de café; R$ 7 milhões para capital de giro para a indústria de torrefação de café e R$ 1 milhão para capital de giro para a indústria de café solúvel. A contratação de recursos do Funcafé totaliza R$ 2,796 bilhões até a data de hoje. Desse total contratado, foi liberado aos agentes financeiros o valor de R$ 779,5 milhões. Interessados podem acessar os Extratos no DOU em http://goo.gl/ZNjAAv . Fonte: Ministério da Agricultura.
Os maiores produtores de café do mundo estão se transformando também em grandes consumidores da bebida, à medida que a renda da população aumenta nesses países. Brasil, Vietnã e Colômbia, que respondem por 60% da produção mundial, vêm registrando rápido crescimento do consumo doméstico. No Brasil, as vendas internas de café embalado devem somar 1,03 milhão de toneladas neste ano, fazendo com que o País supere os Estados Unidos nesse quesito pela primeira desde 1999, segundo a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International. Globalmente, a demanda deve bater um recorde neste ano, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). A Organização Internacional do Café (OIC) diz que o consumo está crescendo duas vezes mais rápido em paí ;ses exportadores do que em importadores como EUA e Itália. Os cafeicultores vêm enfrentando dificuldades para acompanhar a crescente demanda interna e externa, e isso contribuiu para a alta acumulada de aproximadamente 75% dos preços futuros em 2014, segundo analistas. Uma doença fúngica prejudicou a safra da América Central, e uma grave seca está afetando a produção no Brasil. Por conta disso, grandes torrefadoras como Starbucks e J.M. Smucker elevaram os preços . Qualidade – Países produtores "estão fornecendo café de melhor qualidade para sua população", disse Steven C. Topik, um professor de História da Universidade da Califórnia, Irvine, que estuda a história do café e de outras commodities. "Agora, a população desses países está ganhando o suficiente para pagar por isso." No Vietnã, maior produtor mundial de robusta, as vendas de cafés fresco e instantâneo mais do que dobraram na última década, de acordo com a Euromonitor. No Brasil, a demanda por melhores grãos aumentou junto com a renda, segundo produtores e donos de cafeterias. "Meu negócio está crescendo muito rápido", disse Isabela Raposeiras, dona do Coffee Lab, em São Paulo. "Isso mostra que a qualidade e stá se tornando um hábito, e as pessoas não vão voltar a beber cafés ruins." As vendas da loja, aberta há cinco anos, quase triplicaram no ano passado, disse Raposeiras. Ao longo da última década, a produção de café do Brasil cresceu 61%, mas as exportações aumentaram apenas 34%, com o restante indo para o mercado interno. Cinco anos atrás, a Minasul vendia cerca de 20% de seu café para compradores brasileiros. Agora, vende entre 30% a 35% para o mercado local, disse o diretor comercial da cooperativa, Marcos Mendes Reis. Importadores de grãos brasileiros nos EUA dizem que estão pagando preços mais altos devido à competição com compradores do Brasil. Toda vez que o mercado interno tem escassez de grãos de qualidade, os grãos ficam mais caros, disse Christian Wolthers, presidente da importadora Wolthers Douqu&eac ute;, de Fort Lauderdale, na Flórida, que compra gr&a! tilde;os de produtores brasileiros. Classe média – Empresas como Starbucks e Nestlé estão cortejando a classe média em ascensão nesses países. No mês passado, a Starbucks abriu sua primeira loja na Colômbia, onde diz que vai servir apenas grãos colombianos. A empresa planeja abrir 50 lojas no país nos próximos cinco anos. Segundo a Euromonitor, colombianos vão comprar um recorde de 72.500 toneladas de café neste ano. Por enquanto, a maior parte da demanda de consumidores em países produtores ainda é por grãos de qualidade inferior, o que limita o impacto sobre os preços em países desenvolvidos. Mas empreendedores como Raposeiras pretendem mudar isso. Ela trabalhou junto a cafeicultores para melhorar a qualidade dos grãos e, em sua loja, oferece workshops sobre a preparação e a mistura de café. Cafeterias também estão surgindo em algumas cidades menores do Peru, onde cafeicultores cultivam grãos para a Starbucks e outras grandes torrefadoras. No último ano, o consumo de grãos na cafeteria Café Q`ulto, na cidade peruana de Tingo Maria, passou de 11 para 80 quilos por mês, de acordo com seu gerente, Julian Aucca Echarre. A Café Q`ulto utiliza grãos de uma cooperativa local que, segundo ele, fornece também para a Keurig Green Mountain. Consumidores locais agora "entendem de boa qualidade", disse Aucca Echarre. "O poder de compra aumentou no Peru. As pessoas estão ficando mais sofisticadas." Fonte: Dow Jones Newswires.
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