COTAÇÃO DO CAFÉ – NY encerra as operações nesta quarta-feira em campo positivo

NY encerra as operações nesta quarta-feira em campo positivo, a posição março variou entre a mínima de -1,30 e máxima de +1,85 pontos, fechando com +0,90.

As declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre reajuste de combustíveis em 2013 e os efeitos da reversão de medida cambial, anunciada ontem pelo Banco Central (BC) fizeram o dólar recuar em 1% ao longo da tarde. A ampliação de US$ 1 bilhão para US$ 3 bilhões do limite de posição vendida em dólar livre de depósito compulsório para instituições financeiras é vista como redução das restrições para que sejam aumentadas as apostas em declínio da moeda norte-americana. No encerramento da sessão, o dólar fechou com queda de 0,86%, a R$ 2,0710.

Segundo operadores de mercado, com os leilões de linha e também com medidas que focam não apenas exportadores como também instituições financeiras, o Banco Central tem agido para aliviar o caixa dos bancos, com relação às linhas externas. Com o reajuste de combustíveis já no radar dos analistas de mercado para 2013, o entendimento é de que o cenário para a inflação tem deterioração e, como resultado, há menos espaço para valorização do dólar, com objetivo de controlar a influência sobre os preços domésticos.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgará amanhã o quarto levantamento da safra de café 2012. Os dados serão apresentados a partir das 10 horas pelo secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Gerardo Fontelles, e o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Silvio Porto. A estimativa divulgada pela Conab em setembro apontava produção de 50,48 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado, volume 16,1% acima da produção obtida na temporada anterior, que foi de 43,48 milhões de sacas. O aumento da produção se deve à característica bienal das lavouras de café, que alternam entre anos de baixa e alta produtividade.

A Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou o relatório sobre as receitas cambiais de janeiro a novembro deste ano referentes à:
Exportação de café torrado e moído: teve queda de 24,16% em relação ao mesmo período do ano passado. Os industriais faturaram US$ 17,229 milhões, em comparação com US$ 22,719 milhões no mesmo período de 2011. O País exportou no período 2.103 toneladas do produto, com redução de 34,03% em relação ao ano anterior (3.188 t). O preço médio da tonelada no período ficou em US$ 8.193/t, ante US$ 7.126/t, representando elevação de 14,96%. Segundo o relatório, os Estados Unidos foram o principal destino do café processado brasileiro, com redução de 12,99%, em termos de receita. O segundo principal mercado foi a Itália (-71,07%), seguido de Argentina (+0,71%) e Japão (-27,61%).

Exportação de café solúvel: apresentou elevação de 6,91% em relação ao mesmo período de 2011. Os industriais faturaram US$ 631,205 milhões, em comparação com US$ 590,408 milhões. O País exportou no período 71.936 toneladas, com elevação de 1,70% em relação a 2011 (70.735 t). O preço médio da tonelada ficou em US$ 8.775, ante US$ 8.347/t em 2011, representando elevação de 5,13%. Segundo o relatório, a Rússia foi o principal do destino do café processado brasileiro nos primeiros 11 meses de 2012, com elevação de 25,28% em termos de receita sobre 2011. Mas também foi significativo o aumento da receita, em termos porcentuais, para Reino Unido (100,11%), Hungria (52,08%), Alemanha (65,89%) e Coreia do Sul (36,45%). Entre os 15 principais destinos do café processado brasileiro, apenas seis tiveram redução: Estad os Unidos (-5,73%), Ucrânia (-3,27%), Argentina (-1,33%), Canadá (-10,05%), Indonésia (-13,07%) e Bélgica (-12,75%). O principal comprador de café solúvel brasileiro nos primeiros 11 meses do ano, em volume, foram os Estados Unidos, que apresentaram queda de 12,43% ante 2011. Em termos porcentuais, houve aumento significativo no volume vendido para Reino Unido (103,71%), Alemanha (63,53%) e Hungria (38,28%). Em contrapartida, houve queda em volume principalmente para: Indonésia (-17,44%), Argentina (-13,14%), Canadá (-11,57%) e Bélgica (-8,60%).

Exportação de café verde: teve queda de 28,56% em comparação com o mesmo período de 2011. O faturamento alcançou US$ 5,183 bilhões, ante US$ 7,256 bilhões. O volume embarcado no período teve redução de 17,59%, para 1.346.172 toneladas ante 1.633.477 t nos primeiros 11 meses de 2011. O preço médio de exportação teve queda de 13,32% no período, de US$ 4.442/t para US$ 3.850/t. A receita cambial teve crescimento para apenas 3 entre os 15 principais destinos do café brasileiro: Reino Unido (8,60%), Eslovênia (31,09%) e Argentina (5,90%). Em contrapartida, foi significativa a queda para Espanha (-40,87%), Estados Unidos (-40,73%), Alemanha (-33,18%), Bélgica (-29,95%) e Rússia (-28,91%). O principal comprador de café verde brasileiro no período, em volume, são os Estados Unidos, que apresentaram queda de 27,95% ante o mesmo período de 2011. O segundo principal importador foi a Alemanha (queda de 22,08%). Entre os principais compradores, o volume embarcado aumentou para apenas seis destinos: Eslovênia (34,78%), Reino Unido (2,52%), Suécia (5,70%), Argentina (8,01%) e Grécia (3,73%). Em termos porcentuais, houve diminuição expressiva no volume vendido para: Espanha (-35,11%), Estados Unidos (-27,95%), Alemanha (-22,08%) e Bélgica (-23,72%).