O mercado cafeeiro finalizou as operações nesta segunda-feira em queda. Em N.Y. a posição maio variou entre a máxima de +1,10 pontos e mínima de -4,25 fechando com -3,85 pts. O mercado aguarda detalhes sobre o tamanho da safra intermediária, ou “mitaca”, da Colômbia, mas alguns analistas dizem que a maior parte das notícias de problemas climáticos das principais nações produtoras já foi precificada.
O dólar finalizou o dia em queda de 0,19% cotado a R$ 1,609. A moeda iniciou a sessão em alta e permaneceu por quase toda a manhã, influenciada pela expectativa de novas medidas cambiais sinalizadas pelo governo na sexta-feira à noite, porém, no início da tarde começou a cair reagindo à melhora da avaliação da nota do País, que reforça a possibilidade de mais entrada de dólares.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a decisão da Fitch é um “reconhecimento de que a economia do País está cada vez mais sólida e confiável” e que a elevação da nota da economia brasileira deve estimular ainda mais a entrada de dólares no País, o que no momento é um problema. Mantega reafirmou que o governo continuará tomando medidas para conter o excesso de entrada de moeda estrangeira no Brasil.
O Banco Central realizou dois leilões de compra à vista, no primeiro, fixou a taxa de corte em de R$ 1,615 e no segundo em R$ 1,6095, pouco acima do valor de mercado do dólar. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, por meio de nota, atribuiu a decisão da Fitch ao reconhecimento dos bons fundamentos da economia do País e garantiu que “as boas notícias, contudo, não diminuem determinação do BC em continuar trabalhando para que os avanços obtidos até agora continuem a ocorrer em um ambiente econômico de estabilidade monetária e solidez financeira”. Agência Estado.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará amanhã (5) dois leilões de café, a partir das 9 horas. O primeiro remate é para venda de 3.224.616 kg de café em grãos (53.744 sacas de 60 kg), safra 2002/2003, conforme aviso de venda número 099/11. O produto é oriundo dos contratos de opção adquiridos pelo governo no âmbito da Política de Garantia de Preços Mínimos. Os cafés estão depositados em Minas Gerais, Paraná e São Paulo. A Conab definiu preço de abertura de R$ 7,20 o quilo, ou R$ 432,00 a saca. O governo pretende vender, ainda, 40.704 quilos de café em grãos (678 sacas), do estoque público, depois de encerrado o leilão do aviso de venda 099/11. O produto está depositado em Minas Gerais, conforme Aviso de V enda 100/11, e o preço de abertura será de R$ 7,20 o quilo.
De acordo com dados preliminares divulgados, na última sexta-feira, pela Organização Internacional do Café (OIC), as exportações mundiais para todos os destinos totalizaram 99.105.215 sacas no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em fevereiro de 2011, o que implicou crescimento de 4,78% em relação às 94.582.730 sacas embarcadas em idêntico intervalo antecedente. Entre os países que mais exportaram o produto, o Brasil, apresentando alta de 11,85% frente às remessas efetuadas de março de 2009 a fevereiro de 2010 (30.148.932 sacas), manteve-se na liderança dos embarques, registrando o envio de 33.722.996 sacas a todos os destinos.
Em fevereiro de 2011 conforme dados preliminares recebidos dos países membros, foram embarcadas 8.483.750 sacas por todas as nações produtoras. Esse volume é 14,83% superior ao registrado no segundo mês de 2010, quando foram exportadas 7.388.078 sacas, mas 4,08% menor do que o montante apurado em janeiro deste ano (8.844.488 sacas). O país que mais exportou café, no mês passado, foi o Brasil, totalizando o envio de 2.663.946 sacas ao exterior, o que implicou alta de 17,60% em relação a fevereiro de 2010, quando o país embarcou 2.265.166 sacas, mas queda de 4,50% frente às 2.789.538 sacas de janeiro deste ano.
As exportações referentes a variedade arábica totalizaram 5.544.828 sacas em fevereiro de 2011, o que implicou alta de 16,98% na comparação com as 4.740.121 sacas registradas no mesmo mês de 2010, mas queda de 2,38% frente às 5.679.926 sacas de janeiro deste ano. Respondendo por 42,76% do total apurado, o Brasil permanece na liderança das exportações mundiais de café arábica, tendo registrado a remessa de 2.371.161 sacas ao exterior em fevereiro, ou 18,55% a mais do que o embarcado no segundo mês de 2010 (2.000.130 sacas).
No caso do conilon o Vietnã segue como líder das exportações mundiais de café robusta, com seus embarques apresentando alta de 27,84% em fevereiro deste ano frente às 1.095.161 sacas remetidas no mesmo período de 2010. No segundo mês de 2011, os vietnamitas responderam por 61,07% das exportações globais de conilon, tendo comercializado 1,4 milhão de sacas com o exterior. Os dados, preliminares, são do relatório estatístico da Organização Internacional do Café (OIC). De acordo com a entidade, o total embarcado por todos os países produtores, em fevereiro passado, foi de 2.292.267 sacas de robusta, montante 15,77% superior ao registrado no segundo mês de 2010, quando a exportação mundial da variedade somou 1.980.072 sacas, porém 17,65% menor do que as 1,7 milhão de sacas de janeiro. O Brasil figurou como quinto colocado no ranking mundial, em fevereiro, atrás de Indonésia, Índia e Uganda, além do próprio Vietnã. No mês retrasado, o País remeteu 48.838 sacas de conilon ao exterior, volume que implicou declínio de 117% em relação a fevereiro de 2010 (22.506 sacas) e representou apenas 2,13% do total.