MERCADO INTERNO |
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BOLSAS N.Y. E B.M.F. |
Sul de Minas |
R$ 257,00 |
R$ 247,00 |
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Contrato N.Y. |
Fechamento |
Variação |
Mogiano |
R$ 257,00 |
R$ 247,00 |
Dezembro/2009 |
134,20 |
-0,40 |
Alta Paulista/Paranaense |
R$ 252,00 |
R$ 242,00 |
Março/2010 |
137,15 |
-0,40 |
Cerrado |
R$ 262,00 |
R$ 252,00 |
Maio/2010 |
139,05 |
-0,40 |
Bahiano |
R$ 252,00 |
R$ 242,00 |
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* Cafés de aspecto bom, com catação de 10% a 20%. |
Contrato BMF |
Fechamento |
Variação |
Cons Inter.600def. Duro |
R$ 228,00 |
R$ 225,00 |
Dezembro/2009 |
154,00 |
-0,10 |
Cons Inter. 8cob. Duro |
R$ 235,00 |
R$ 230,00 |
Março/2010 |
158,15 |
+0,40 |
Dólar Comercial: |
R$ 1,8000 |
Maio/2010 |
160,20 |
-0,10 |
O mercado cafeeiro encerrou as operações em queda, depois de não conseguir acompanhar o generalizado momento de alta e os baixistas exerceram influencia sobre os preços. Em N.Y. a variação registrada na posição dezembro foi de +1,80 pontos na máxima e -1,25 na mínima, fechando com -0,40 pontos na mesma posição. Mercado interno segue com vendedores dosando suas ofertas, com as atenções voltadas para as medidas divulgadas hoje pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes de apoio a cafeicultura.
O dólar comercial encerrou os trabalhos em baixa pelo terceiro dia seguido, com 0,33%. Os ganhos registrados nas bolsas de valores no Brasil, Europa, Estados Unidos e nas commodities (matérias-primas) favoreceram a queda da moeda americana. No mercado de moedas, o dado da produção industrial dos EUA levou o dólar à menor cotação em relação ao euro em quase um ano. O euro ultrapassou a marca do US$ 1,472, maior nível técnico desde 18 de dezembro do ano passado. A produção industrial dos EUA cresceu 0,8% em agosto, acima da previsão dos analistas. Esse foi mais um indicador que garantiu o bom humor dos investidores e o apetite ao risco.
O BC divulgou hoje que as compras diárias de dólares aumentaram as reservas internacionais em US$ 636 milhões em setembro, conforme levantamento feito até o dia 11. Especificamente na segunda semana do mês, entre os dias 8 e 11, essas compras elevaram as reservas em US$ 313 milhões. Desde a retomada das intervenções diárias do BC no mercado cambial à vista, no dia 8 de maio, a autoridade monetária já retirou US$ 11,419 bilhões do mercado.
O governo federal aprovou, nesta quarta-feira (16), conjunto de medidas para dar sustentação aos preços do café, melhorar a renda do produtor e equilibrar a oferta e demanda. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, que destacou, entre os fatores conjunturais que afetaram a situação da cafeicultura, a falta de agilidade na aplicação das políticas de crédito para colheita e comercialização do café.
Stephanes disse que, a partir da próxima produção, safra, 2010/2011, o governo vai fazer com que o crédito chegue em momento certo e volume exato. Em abril de 2010, quando inicia a próxima safra em algumas regiões produtoras, o cafeicultor já deve ter à disposição recursos para realizar a colheita, ressaltou o ministro. Os custos de produção do café, a situação dos estoques mundiais e o excesso de oferta no mercado também foram abordados por Stephanes durante entrevista coletiva.
Com relação aos custos de produção, o ministro lembrou que as despesas com o cultivo do café são extremamente variáveis, dependendo da região, tamanho das propriedades e das tecnologias adotadas pelo cafeicultor, podendo variar de R$ 240 a R$ 340 a saca de 60 kg. As medidas de apoio à cafeicultura são resultado da s propostas do grupo de trabalho que reuniu representantes dos Ministérios da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento, além do setor produtivo e das cooperativas de crédito. Maiores informações no site www.agricultura.gov.br
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou hoje que o governo estará preparado para adquirir um volume maior que os 10 milhões de sacas de café, confirmados hoje, caso os preços não reajam à medida. Ele salientou, porém, que a expectativa é de que não seja necessária a compra do volume total, porque o mercado deve continuar a mostrar tendência de alta, como vem ocorrendo nos últimos dias.
“No limite, podemos chegar a 10 milhões de sacas, até mais do que isso, mas não acredito que essa compra vá se concretizar, porque o mercado vai se ajustar antes disso”, considerou. A perspectiva de aquisição é para este ano e o próximo. Stephanes lembrou que o estoque público atualmente é “quase zero”, girando em torno de 500 mil sacas.
Stephanes explicou que o conjunto de medidas anunciadas hoje pelo Ministério da Agricultura, após reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), é para melhorar as condições de mercado para o produtor. Ele relatou que, em conversas informais com cafeicultores de diferentes regiões do País, tomou conhecimento que o preço do produto historicamente cai no momento da colheita e que volta a subir quando já está na mão da indústria, prejudicando o agricultor. “Estamos tentando nos antecipar ao movimento de alta de preços,que sempre ocorre assim que a colheita começa”, disse.
Na avaliação de Stephanes, os preços a serem pagos pelo governo ao produtor serão vantajosos aos cafeicultores. Mais do que o pagamento, segundo o ministro, o maior benefício para o produtor é a retirada dos grãos do mercado, o que deve servir como um estímulo ao aumento do preço. “Se eu atendesse ao que os produtores querem, daria subsídio, mas esta não é a intenção”, explicou.