MERCADO INTERNO |
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BOLSAS N.Y. E B.M.F. |
Sul de Minas |
R$ 460,00 |
R$ 430,00 |
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Contrato N.Y. |
Fechamento |
Variação |
Mogiano |
R$ 460,00 |
R$ 430,00 |
Setembro/2011 |
243,20 |
+1,85 |
Alta Paulista/Paranaense |
R$ 450,00 |
R$ 420,00 |
Dezembro/2011 |
247,10 |
+1,80 |
Cerrado |
R$ 465,00 |
R$ 455,00 |
Março/2012 |
249,70 |
+1,50 |
Bahiano |
R$ 450,00 |
R$ 420,00 |
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* Cafés de aspecto bom, com catação de 10% a 20%. |
Contrato BMF |
Fechamento |
Variação |
Cons Inter.600def. Duro |
R$ 310,00 |
R$ 285,00 |
Setembro/2011 |
321,35 |
+4,30 |
Cons Inter. 8cob. Duro |
R$ 320,00 |
R$ 0,00 |
Dezembro/2011 |
321,30 |
+4,80 |
Dólar Comercial: |
R$ 1,5680 |
Março/2012 |
320,90 |
+4,30 |
O mercado cafeeiro encerrou as operações em alta nesta terça-feira. As atenções seguem voltadas para a situação econômica dos EUA, o que leva à sustentação das commodities, em N.Y. a posição setembro atingiu máxima de +7,10 pontos e fechou com +1,85 pontos.
O dólar fechou em alta de 0,38%, cotado a R$ 1,568 sustentado pela cautela diante da crise da dívida na Europa e o temor de rebaixamento do rating dos EUA. O Banco Central atuou novamente no mercado a vista, realizando dois leilões, fixando as taxas de corte em R$ 1,568 e R$1,5685. Declarações sobre o mercado de câmbio feitas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, foram monitoradas pelos agentes financeiros, mas não mexeram com a formação de preço do dólar. Durante anúncio do programa Brasil Maior de política industrial, cujo conjunto de desonerações de impostos para incentivar a indústria brasileira somará cerca de R$ 25 bilhões até o fim de 2012, Mantega afirmou que “o nosso mercado está sendo aprop riado em parte por produtos importados em função da guerra cambial promovida pelos países, que têm manipulado o câmbio”.
Segundo Tombini, a força do real ocorre por fatores estruturais relacionados ao bom desempenho dos últimos anos da economia doméstica, “que cresce com vigor e com inflação sob controle”. Por outro lado, ressaltou que o dólar nos EUA passa por um período de pressão e desvalorização em nível global e que há investidores interessados no fortalecimento conjuntural do câmbio.
De 19 a 21 de julho, a Fundação Procafé realizou o já tradicional Curso de Manejo Tecnológico da Lavoura Cafeeira, com a participação de 125 profissionais. A novidade é que todo o conteúdo das palestras apresentadas durante a nona edição do evento está disponível no novo site da Fundação Procafé, para download gratuito. Com o objetivo de difundir as tecnologias geradas e facilitar a atualização dos profissionais, a Fundação Procafé democratiza o acesso às informações, aliando o evento presencial às facilidades das tecnologias de comunicação da Internet. Nesta edição, o curso de atualização contou com a apresentação de14 temas, da mudança do Código Florestal à agricultura de precisão. Aproveite para conhecer o novo site da Fundação Procafé, que objetiva promover ainda mais suas atividades em pesquisa, desenvolvimento e difusão de tecnologia cafeeira. O conteúdo inclui a apresentação de novas tecnologias, pesquisas, boletins de avisos, folhas técnicas, previsão do tempo e acesso à revista Coffea. Pelo site, os produtores também poderão receber os resultados de análises de solos e folhas, em www.procafe.com.br
São muitas as questões envolvidas para garantir a qualidade do café ao longo da cadeia de produção. Este tema será abordado no Painel de Discussão “Qualidade – aspectos envolvidos” durante o VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, que será realizado de 22 a 25 de agosto, em Araxá-MG. O evento tem o objetivo de avaliar os rumos da pesquisa em café e prospectar demandas. As inscrições estão abertas. Para mais informações, acesse http://www.simposiocafe.sapc.embrapa.br/ .
Para o painel foram convidados os pesquisadores Juarez Souza e Silva, da Universidade Federal de Viçosa – UFV, e Terezinha de Jesus Salva, do Instituto Agronômico – IAC, e o presidente da torrefadora Café Bom Dia, Sidney Marques de Paiva. Juarez vai abordar o ponto de vista do processamento apresentando as tecnologias de pós-colheita já existentes que garantem uma infraestrutura mínima de qualidade para a produção, desenvolvidas graças ao arranjo institucional promovido pelo Consórcio Pesquisa Café, do qual a UFV faz parte. Já a pesquisadora do IAC, instituição também participante do Consórcio, vai falar sobre a relação entre a composição química do grão de café e a qualidade da bebida. O representante da torrefadora vai destacar a importância do processo industrial na manutenção da qualidade do produto final.
Em trabalho conjunto com outras instituições, o Departamento de Engenharia Agrícola da UFV vem buscando alternativas tecnológicas para oferecer, a custos compatíveis, infraestrutura mínima de qualidade para que, independentemente das condições climáticas, a cafeicultura possa produzir um melhor café. Essa infraestrutura prevê a condução correta da lavoura, além de processos de preparo, secagem e armazenagem fundamentais para a manutenção da qualidade do produto após a colheita. “Desde que possua essa infraestrutura adequada, é durante a colheita e nas operações subseqüentes que a cafeicultura pode fazer a diferença na produção de café de qualidade. Se obtiver financiamento de colheita, o cafeicultor pode optar pela colheita seletiva que, além de fornecer lotes de primeira qualidade, não danifica o cafezal e manterá uma excelente produtividade média durante o período produtivo”, explica Juarez.
O pesquisador ressalta que o café é um dos poucos produtos cujo valor cresce com o nível de qualidade, ou seja, quanto melhor a aparência, a sanidade e a qualidade da bebida, maiores serão os preços pagos pelo produto. “A busca por produção com qualidade e os melhores meios de comercialização devem ser as principais metas da cafeicultura. Com programas de transferência e difusão de tecnologias e política justa para financiamento da infraestrutura de pós-colheita, com juros e tempo compatíveis com a atividade, a cafeicultura será a responsável por maior distribuição de renda, geração de emprego e manutenção do homem no campo”, completa.