COTAÇÃO DO CAFÉ – Compras técnicas de fundos deram sustentação ao mercado nesta quinta-feira e m N.Y

Compras técnicas de fundos deram sustentação ao mercado nesta quinta-feira e m N.Y; com a posição maio registrando no fechamento + 1,25 pontos. No interno as negociações seguiram de forma morosa ante ao feriado de sexta-feira da Paixão. 

O dólar iniciou o mês de abril enfraquecido diante do real, com exceção do iene. A moeda americana registrou a quarta queda consecutiva, refletindo o otimismo trazido pela alta na produção industrial da China, da zona do euro,  dos Estados Unidos e do Brasil, o que favoreceu o desempenho das commodities e das ações.  O dólar comercial recuou 0,67%, cotado à a R$ 1,7690. Em quatro dias, o dólar perdeu 3,12% do seu valor. Além disso, a depreciação ante a moeda brasileira contou com o reforço do fluxo de entrada de recursos por parte de estrangeiros pela conta financeira. Fonte próxima à operação afirmou à Agência Estado que a participação de estrangeiros na oferta da EcoRodovias, por exemplo, cujo papel estreou hoje no Novo Mercado da Bovespa, será superior a 70%. No caso da incorporadora Gafisa, do total de 85,1 milhões de ações ordinárias ofertadas em sua terceira oferta, encerrada no final de março, 38,4 milhões foram colocadas dentro da oferta global, inclusive sob a forma de American Depositary Receipts (ADRs). Os estrangeiros ainda responderam por 30,28% da oferta brasileira. 

As captações externas seguem mostrando que há demanda para os papéis das corporações locais. Ontem, Santander e Banco ABC Brasil captaram US$ 800 milhões no mercado internacional e a imprensa internacional cita que o Itaú Unibanco contratou bancos para se reunir com investidores na próxima semana e avaliar uma emissão.No mercado interno, o Banco Central realizou sua intervenção e fixou a taxa de corte em R$ 1,7702. A balança comercial brasileira fechou o mês de março com um superávit de US$ 668 milhões. O saldo é 61,9% inferior ao registrado em março do ano passado, quando a balança comercial foi superavitária em US$ 1,756 bilhão. Apesar disso, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) verificada no mês, de US$ 30,786 bilhões, é cerca de 40% superior à registrada em março de 2009 (US$ 21,862 bilhões), segundo dados divulgados hoje.

A exportação de café em março passado (23 dias úteis) alcançou 2,491milhões de sacas, o que representa elevação de 8,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em termos de receita cambial, houve aumento de 30,4% no período, para US$ 386,5 milhões, em comparação com US$ 296,4,6 milhões em março de 2009. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Quando comparada com o mês anterior, a exportação de café em março apresenta aumento de 19,7% em termos de volume, pois em fevereiro passado foram embarcadas 2,088,3 milhões de sacas. A receita cambial foi 19,3% maior, considerando faturamento de US$ 323,9 milhões em fevereiro. 

As exportações de café da Índia devem subir cerca de 14% em 2010, atingindo quase 200 mil toneladas, conforme a demanda global continua se recuperando, de acordo com Ramesh Rajah, presidente da Associação de Exportadores de Café da Índia. Os embarques indianos devem crescer acentuadamente na primeira metade de 2010, mas o ritmo provavelmente começará a desacelerar em julho, quando as ofertas do Brasil devem aumentar. Contudo, Rajah afirmou que os \”exportadores indianos também se beneficiarão da previsão de uma queda na produção de alguns países, incluindo a Colômbia.\”  As exportações de café da Índia de janeiro a março deste ano saltaram 36% na comparação com igual período de 2009, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira pelo Conselho de Café. O país embarcou 175.385 toneladas em 2009, segundo dados preliminares. As informações são da Dow Jones.