31/07/2008 16:07:07 – Zoonews
Gustavo Porpino
O chefe de Estado da Costa Rica, Oscar Arias Sánchez, conheceu na tarde dessa quarta-feira (30) as tecnologias da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa desenvolvidas para o Cerrado brasileiro. Durante a visita à Embrapa Cerrados, em Planaltina – DF, Arias destacou que a Costa Rica possui diversas instituições internacionais capazes de iniciar cooperações com a Embrapa.
Arias, vencedor do Nobel da Paz em 1987, está visitando o Brasil até a próxima sexta-feira acompanhado dos ministros Rodrigo Sánchez, da Presidência, Bruno Ugarte, das Relações Exteriores, Marco Gutierrez, do Comércio Exterior, e do presidente da Refinadora Costarriquense de Petróleo José Montero.
“A Costa Rica é o país da América Central com maior número de organismos internacionais agrícolas”, comentou. O presidente costarriquenho citou o Instituto Nacional de Biodiversidade (INBIO), a Escola de Agricultura da Região Tropical Úmida, o Instituto Nacional de Inovação e Transferência de Tecnologia Agropecuária (INITA) e o Instituto Tecnológico da Costa Rica (ITCR) como algumas das instituições que podem estabelecer parcerias com a Embrapa.
Para o ministro da presidência Rodrigo Sanchéz, as instituições podem estabelecer contato mais permanente com a Embrapa para desenvolver pesquisas complementares. A possibilidade de dar início a um intercâmbio de estudantes de pós-graduação, sugerida pelo diretor executivo da Embrapa José Geraldo Eugênio de França, foi bem recebida pela comitiva.
França destacou que em torno de novecentos estudantes de mestrado e doutorado realizam suas pesquisas em Unidades da Embrapa. “A parceria com universidades é muito importante para a empresa, e permite aos estudantes aliar a teoria com a visão prática da Embrapa”, comentou.
Antes da reunião na Embrapa Cerrados, onde visitou uma área experimental de pinhão manso, Arias assinou, no Palácio do Itamaraty, acordo de cooperação técnica para produção de biocombustível na Costa Rica. A Unidade da Embrapa está testando vinte acessos de pinhão manso em diferentes condições de fertilidade do solo. A pesquisa visa selecionar as variedades mais produtivas e mais resistentes a doenças. Ao final do estudo, a Embrapa Cerrados terá montado um banco de germoplasma com 150 acessos de pinhão manso.
Para tirar dúvidas sobre a produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, área de maior interesse da comitiva costarriquenha, o pesquisador Thomaz Rein apresentou dados sobre a produtividade da cana-de-açúcar e o potencial de expansão da cultura no Cerrado. Rein salientou que, somente no estado de Goiás, existem 18 usinas em operação e 29 em construção. Sobre o plantio e a colheita, o pesquisador comentou que o cultivo da cana está cada vez mais mecanizado.
O presidente costarriquenho acompanhou também uma apresentação sobre o aprimoramento do sistema de produção de café no Cerrado, ministrada pelo pesquisador Omar Rocha, e tirou dúvidas sobre plantas oleaginosas para produção de biodiesel com o pesquisador Adeliano Cargnin durante a visita ao campo. A pesquisadora Marília Santos Silva, articuladora internacional da Embrapa Cerrados, fez uma palestra institucional.
Gustavo Porpino de Araújo (MTb 648/RN)
Embrapa Cerrados
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