01/12/2009 – 09:08:27
Crise não afetou o consumo de café
O consumo de café se manteve estável nos Estados Unidos e Europa neste ano, apesar da crise econômica internacional, fator que ajuda os produtores a atravessar o período de dificuldades. Ante a crise, era de se esperar uma retração na demanda da bebida nos principais mercados, no entanto, uma pesquisa anual da NCA (Associação Nacional de Café dos Estados Unidos). Em uma sondagem, realizada entre janeiro e fevereiro, se verificou que 49% dos entrevistados disseram que consumiam café diariamente, em um patamar idêntico ao de 2008.
Igualmente, a média de xícaras de café consumida por dia se manteve em 3,3 por pessoas. No entanto, a NCA advertiu que aumentar a média de xícaras ingeridas por dia é muito difícil, sendo que a demanda não deve ser incrementada sem que exista uma ampliação concreta no número de consumidores da bebida. Ronald Peters, diretor executivo do Icafé (Instituto de Café da Costa Rica), explicou que na Europa também se verificou uma sustentação da demanda do ano passado, mesmo com o impacto da crise.
A demanda estável e os preços mais altos nos mercados de café de qualidade permitem que os produtores possam diminuir os efeitos da crise, ainda que tenha havido um impacto nos custos da produção, segundo ressaltou Peters. Até o momento, a Costa Rica já colocou no mercado para a entrega futura 1 milhão de quintais (767 mil sacas) da safra 2009/2010, nível que é praticamente a metade do volume exportável. O preço médio dessas vendas é de 151 dólares por quintal (saca de 46 quilos), o que representa um prêmio de 15 dólares acima da bolsa de Nova Iorque. A Costa Rica vende 51% de seu café no mercado dos Estados Unidos, sendo 14% na Alemanha, 8% na Bélgica e 4% na Itália. Além disso, os cafés locais ainda chegam a outros destinos, como Japão e Austrália. De acordo com o Icafé, os grãos do país, num nível de 70%, são enquadrados no nível de cafés especiais.
As informações partem da Agência de Notícias do Café.