Cooxupé vê pequena queda na safra de café dos cooperados em 2015 ante 2014

4 de dezembro de 2014 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

03/12/2014


Por Roberto Samora


SÃO PAULO (Reuters) – A safra de café dos cooperados da Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do Brasil, deverá atingir 6,17 milhões de sacas de 60 kg no ano que vem, somente 1 por cento abaixo da produção registrada em 2014, que foi severamente afetada por seca e altas temperaturas históricas no Sudeste brasileiro.


Essa diferença de um ano para o outro poderia ser maior se a safra de 2014 não tivesse sofrido os efeitos do clima devastador.


O ano de 2015, normalmente, seria o de baixa no ciclo bianual (de altas e baixas) do café arábica, quando as quedas anuais podem chegar a cerca de 20 por cento.


“A safra de 2014 seria a de alta, enquanto a de 2015 vai ser a de baixa”, explicou o superintendente de Desenvolvimento do Cooperado da Cooxupé, José Eduardo Santos Júnior, em entrevista à Reuters.


Acredita-se que, não fosse a seca, a safra de 2014 deveria ter sido de 15 a 20 por cento maior que a do próximo ano.


O superintendente disse que os primeiros números da safra, que podem ser ainda reavaliados, foram obtidos em recente levantamento junto aos integrantes da cooperativa com sede em Guaxupé, no Sul de Minas Gerais, com alguma atuação também no Cerrado Mineiro e em São Paulo (Vale do Rio Pardo).


Santos Júnior afirmou que a safra dos cooperados da Cooxupé, no próximo ano, deverá ficar 3 por cento abaixo da registrada em 2013, o último ano de baixo do ciclo do arábica.


Mas, segundo ele, a comparação entre 2013 e 2015 não é adequada porque a cooperativa ganhou novos integrantes nesse período –ele não tinha os números em mãos.


De qualquer forma, os números indicam que, mesmo com mais cooperados em 2015, a cooperativa produzirá menos do que produziu em 2013, o que evidencia os efeitos da seca.


Em entrevista na semana passada à Reuters, o gerente de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé, Mário Ferraz, disse que seria muito cedo para comentar sobre o pegamento das floradas e dos pequenos frutos, para a próxima safra, após as chuvas mais intensas de meados do mês passado.


Fonte: Reuters

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