Cooxupé investe R$ 70 milhões em complexo logístico e abre novos rumos para a produção cafeeira

18 de outubro de 2012 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

REVOLUÇÃO NA LOGÍSTICA DO CAFÉ:


Cooperativa investe R$ 70 milhões em complexo logístico e abre novos rumos para a produção cafeeira


Empreendimento começará a operar com 100% de sua capacidade. Considerado projeto modelo em armazenagem e produção de café no mundo, a COOXUPÉ dá um passo à frente revolucionando o mercado e deixando o grão mais competitivo frente às novas demandas


18/10/2012 – A data histórica marca a inauguração do Complexo Industrial Japy, empreendimento logístico da COOXUPÉ que começou sua trajetória em 2009, com uma ideia inovadora e revolucionária que pretendia mudar o rumo da história cafeeira no país, deixando o grão mais competitivo através da granelização. O processo, já utilizado com commodities como o milho e a soja, nunca tinha sido empregado no café, mas a ideia de retirar as sacas de 60kg, operacionalizando o grão de forma a granel e automatizada parecia tentadora, apesar de distante. A inauguração aconteceu nesta quinta-feira, dia 18, com a presença de mais de 1.500 cooperados. O evento também abrigou o XXVI Fórum ABAG Desenvolvimento da Cafeicultura Nacional com o tema Café e Saúde que tinha como palestrantes os médicos Miguel Moretti e Dráuzio Varella. Participaram ainda da abertura do Fórum e inauguração do complexo o Presidente da Cooxupé Carlos Alberto Paulino da Costa e o Presidente da ABAG Luiz Carlos Corrêa Carvalho.


O complexo


Depois de diversas reuniões e estudos, a cooperativa começou um projeto ousado, com investimentos de cerca de R$ 70 milhões, que criou um empreendimento logístico para atender tanto aos pequenos quanto os grandes cafeicultores – 97% dos 12 mil cooperados da COOXUPÉ são pequenos e médios agricultores. “Começamos a receber o café a granel em nossa Unidade em Monte Santo de Minas, através de um projeto piloto. Quando 68% dos cooperados da região entregaram o café a granel, concluímos que o projeto poderia dar certo”, conta o presidente da cooperativa, Carlos Alberto Paulino da Costa.


A primeira etapa do Complexo foi inaugurada em 2011 e, este ano, mais de 80% do café da safra de 2012, recebido na COOXUPÉ até o mês de setembro, foi entregue a granel. “A granelização pula uma etapa cara, demorada e artesanal do processo, que era ensacar o café. Além de gerar uma expressiva economia para o produtor, a cooperativa também ganhou velocidade no armazenamento, beneficiamento e distribuição do grão, com a nova tecnologia e automatização dessas etapas. Estes avanços vão deixar o café mais competitivo”, avalia o presidente. As estruturas inauguradas ampliaram a capacidade de armazenagem em 1,5 milhão de sacas.


A partir de outubro, o café também passa a ser rebeneficiado dentro do Complexo, fazendo com que o empreendimento opere com 100% da sua capacidade. Neste contexto, a COOXUPÉ estará preparada para receber volumes crescentes de café ao longo dos próximos 20 anos. Com a nova infraestrutura, o grão passará por etapas totalmente automatizadas que vão realizar a limpeza, retirar paus e pedras, separar os grãos por tamanho e classificar o café. Depois de preparado, o café segue para os silos e está pronto para atender qualquer blend, de acordo com a necessidade do cliente.


Complexo do Japy em números


Com o complexo, a COOXUPÉ, maior cooperativa de café do mundo, dobrará sua capacidade de armazenamento e beneficiamento do grão, correspondendo às necessidades do mercado atual. A unidade de preparo engloba um conjunto de 60 silos, com capacidade para 3 mil sacas cada, que serão utilizados para guardar os cafés preparados para a venda nos mercados interno e externo.


Estas estruturas podem receber, de forma a granel, o equivalente a 3 mil sacas de café por hora. A capacidade de preparo da COOXUPÉ passa a ser de 27.800 sacas/dia.


O Complexo do Japy e o meio ambiente


Para a maior cooperativa de café do mundo, responsável pela produção de um café cada vez mais sustentável, meio ambiente é coisa séria. Por isso, todo o empreendimento foi desenvolvido através


de uma construção sustentável, focado na preservação da natureza no local. Além de não agredir, a proposta do empreendimento é repassar para as novas gerações a importância de preservar. Dentro dos hectares do Complexo a COOXUPÉ está desenvolvendo, em parceria com a BASF, dois importantes projetos que vão disseminar a sustentabilidade. O primeiro é o Mata Viva, ação que tem o objetivo de recuperar as matas ciliares. Outro projeto é o Núcleo de Educação Ambiental, que teve sua pedra fundamental inaugurada em agosto deste ano. O Núcleo funcionará dentro do Complexo e irá levar noções de meio ambiente para os estudantes do ensino fundamental da região.


Para o presidente da cooperativa, o projeto global do Complexo do Japy é visionário e foi pensado para atender diversas demandas futuras. “O produtor rural é um conservador por natureza e, no caso do Núcleo, vamos dar a oportunidade de suas crianças – muitas delas futuros cafeicultores – entenderem a importância da conscientização ambiental. Além de levar para casa exemplos importantes, no futuro, elas devem aplicar suas próprias técnicas para uma lavoura mais sustentável”, conta.


Outras informações pelo site: www.cooxupe.com.br


 


Sobre a COOXUPÉ


Com um faturamento de R$ 3,1 bilhões em 2011 e líder na exportação de café em 2008 e 2010, a COOXUPÉ também bateu recorde no agronegócio brasileiro no ano passado exportando o maior volume de café da história brasileira – 2,46 milhões de sacas.


Formada por cerca de 12 mil cafeicultores, 84% deles pequenos produtores, a cooperativa reúne números expressivos ao longo dos seus 80 anos de cooperativismo, ganhando liderança nas exportações do grão e ampliando mercados, como o de cafés especiais e certificados.


Atualmente, a COOXUPÉ conta com 16 unidades e seis escritórios avançados, que prestam assistência técnica ao produtor e promovem eventos específicos, se aproximando dos cooperados, além de operarem como centros de comercialização e negócios, atendendo as necessidades de cada cafeicultor.

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