Cooperativismo vai à feira

29 de maio de 2006 | Sem comentários Comércio Cooperativas
Por: Estado de Minas

João Batista Marques/DivulgaçãoCooperativa de Cafeicultores em Guaxupé, Sul de Minas, produz e exporta café para vários paísesOrganizada pelo Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg) e pelo Sistema Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais (Sescoop-MG) junto com parceiros europeus, a Feira Internacional do Cooperativismo (Ficoop) levará ao Porto, em Portugal, de quinta-feira a domingo, expositores e visitantes de vários países, principalmente europeus e cooperativas mineiras. Marcelo SAnt’ Anna Temos 8,5 mil alambiques em Minas e 95% estão na informalidade.


A abertura de novos mercados poderá permitir a regularização desses produtores e gerar mais empregos diretos e indiretos, Trajano Raul Ladeira de Lima, Presidente da CoocenO Sistema Ocemg/Sescoop-MG contará com um estande com produtos de cinco associadas: Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé Ltda (Cooxupé), Cooperativa Nacional de Apicultura Ltda (Conap), Cooperativa Central Mineira de Laticínios Ltda (Cemil), Cooperativa Central dos Produtores de Cachaça de Alambique (Coocen) e Federação das Unimeds de Minas Gerais. Composta por 18 integrantes, a comitiva mineira parte com a missão de abrir as portas do mercado europeu para produtos como café, cachaça, laticínios, serviços de saúde, minerais, artigos artesanais, mel e derivados. “Já despachamos todos esses produtos. Os clientes em potencial poderão ver e conferir a qualidade de cada um.


Também temos vídeos e prospectos para tentar fazer negócios”, afirma Ronaldo Scucato, presidente da Ocemg. Parcerias com o Instituto Estrada Real e a Secretaria Estadual de Turismo também foram firmadas para divulgar o estado durante o evento. Ronaldo lembra que há um fator que conta ponto para as cooperativas: “É grande o número de empresas que dão preferência a produtos oriundos dessas organizações, pelos programas de responsabilidade social”.

Embora a expectativa seja grande, o presidente da Ocemg afirma que não sabe precisar o desempenho em números, por se tratar da primeira feira desse porte. “Tenho certeza de que o retorno virá, principalmente a longo prazo”, garante. Experiente no mercado internacional, onde atua há 25 anos, a Cooxupé exporta US$ 200 milhões anualmente. De acordo com o presidente da cooperativa, Carlos Alberto Paulino da Costa, a iniciativa é corretíssima. “O mercado mundial está muito disputado. Não dá para ficar sentado, esperando pelo comprador.

É preciso ir até ele”, defende. Ciente de que a caminhada é longa, Paulino da Costa lembra que é preciso dar o primeiro passo. “Já exportamos para a Europa e Ásia, mas temos que diversificar e ampliar nosso mercado. Queremos ir até lá, mostrar que temos um produto confiável e sustentável, e angariar novos parceiros. Com 10,7 mil cooperados, estamos aptos a atender um aumento da demanda”, diz, animado. A mesma motivação move o presidente da Coocen, Trajano Raul Ladeira de Lima. “Temos 8,5 mil alambiques em Minas e 95% estão na informalidade. A abertura de novos mercados poderá permitir a regularização desses produtores e gerar mais empregos diretos e indiretos”, constata. Com 13 marcas de cachaça branca ou envelhecida em tonéis de carvalho, jequitibá rosa, amburana e bálsamo, ele pretende demonstrar que as bebidas atendem as exigências quanto à qualidade e higiene dos europeus. Planeja ainda incentivar o consumo da cachaça como bebida fina em ocasiões especiais.

Fonte: Estado de Minas

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