OPINIÃO
03/02/2013
Cooperativismo
O cooperativismo tem recebido constante destaque da mídia por seus grandes feitos positivos. O reconhecimento provém de um fato que nós, cooperativistas, já sabemos há muito tempo: as cooperativas atuam de forma decisiva na promoção do crescimento regional sustentado. O ramo crédito é fator decisivo.
Inspiremo-nos em experiência exitosa vinda de Minas Gerais. A pequena cidade de São Roque de Minas, desassistida por instituições financeiras, viu sua economia mudar de forma drástica após a criação, em 1991, da cooperativa de crédito rural Sicoob Saromcredi. No começo, a intenção de seus criadores era apenas compensar cheques, efetuar pagamentos, pagar benefícios.
Hoje, soma 9.500 cooperados e oferece os mais diversos serviços e produtos financeiros, além de haver implantado projetos de investimento no setor agropecuário para gerar produção, emprego e renda – maior fluxo financeiro. São Roque tornou-se grande produtor e exportador de milho e conta com uma área de aproximadamente 16 milhões de pés de café.
Aqui no Ceará, os exemplos são muitos. Até setembro de 2012, as cooperativas de crédito no Estado movimentaram R$ 427,5 milhões, de acordo com dados do Banco Central (BC); receberam R$ 1,3 bilhão em depósitos e contabilizaram um patrimônio líquido de R$ 478 milhões.
Uma delas, a Unicred Fortaleza, possui mais de R$ 328 milhões de ativos e faz a roda da economia local girar nos 49 municípios onde atua. Amparada nos princípios de participação democrática, autonomia e preocupação com a comunidade, a Unicred é uma prova de que é possível promover a inclusão financeira com responsabilidade social. Na mais absoluta certeza de que o seu grande capital é a gente.
José Nazareno de Paula
médico anestesiologista