No período de janeiro a setembro de 2005, as cooperativas brasileiras exportaram US$ 1,608 bilhão, mantendo o mesmo patamar em relação ao mesmo período do ano passado, quando as vendas externas totalizaram US$ 1.613 milhões, de acordo com dados da Secreta
No período de janeiro a setembro de 2005, as cooperativas brasileiras exportaram US$ 1,608 bilhão, mantendo o mesmo patamar em relação ao mesmo período do ano passado, quando as vendas externas totalizaram US$ 1.613 milhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior.
Os números foram divulgados pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, durante o IV Seminário Tendências do Cooperativismo Contemporâneo, realizado em Florianópolis de 15 a 18 deste mês. Segundo Freitas, a agregação de valor à produção e especialmente às exportações agrícolas é a única forma de driblar problemas estruturais externos às cooperativas, como a valorização do real, as elevadas taxas de juros e os problemas de infra-estrutura logística, e ter condições de, mesmo assim, aumentar a renda dos associados.
Freitas disse que as cooperativas paulistas foram as principais exportadoras, sendo responsáveis por 35% do total, ou seja, US$ 565,9 milhões, um crescimento de 83,7% em relação ao mesmo período de 2004. O principal produto negociado pelas cooperativas de São Paulo foi “outros açucares de cana, beterraba, sacarose”, representando 38,5% do total exportado pelo estado e teve como principais destinos: Emirados Árabes, responsável por 15% do total exportado, Marrocos com 12% e Arábia Saudita, contando com 10,2% das exportações.
Em segundo lugar está o estado do Paraná que foi líder no período de agosto a setembro de 2004, com um montante de US$ 847,8 milhões contra US$ 511 milhões no terceiro trimestre deste ano.
A terceira colocação no ranking dos Estados ficou com Santa Catarina, que cresceu 113% e atingiu US$ 191,2 milhões este ano, seguida de Minas Gerais, com US$ 132,3 milhões, e de Goiás, com US$58,5 milhões. Assim como o Paraná, o Rio Grande do Sul registrou uma queda expressiva nas exportações das cooperativas, de US$ 197,1 milhões para US$ 56,4 milhões.
Entre os produtos mais exportados pelas cooperativas brasileiras estão: o açúcar, com US$ 347,6 milhões; alimentação para animais, US$ 204,5 milhões; a soja, com US$ 202,2 milhões; a carne de frango, que chegou a US$ 187,4 milhões, e o café, com mais de US$ 142,2 milhões.
No caso do café, Freitas citou o exemplo da Cooperativa de Cafeicultores de Guaxupé (Coxupé), que está adotando novas estratégias na inserção internacional. A Coxupé em Minas Gerais, foi este mês a primeira cooperativa brasileira a abrir uma cafeteria na China, e já tem planos para a segunda, que ficará provavelmente na Praça da Paz Celestial, em Pequim.
Entre os países que mais importaram produtos do sistema cooperativista brasileiro estão a Alemanha, China e Rússia. A Alemanha importou US$ 175,8 milhões, sendo que em 2004 o valor foi de US$146,9 milhões, representando um crescimento de 19,6%. O país foi responsável por 11% do total exportado pelas cooperativas. As informações são da assessoria de imprensa da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).