Cooperativas do Sul de Minas alertam para o déficit Hídrico e o prejuízo causado nas lavouras de café do Sul de Minas

Os impactos negativos devido às condições climáticas poderão comprometer a próxima safra, com lavouras apresentando danos de maior ou menor intensidade.

20 de novembro de 2020 | Sem comentários Comércio Cooperativas

A Cooperativa Central dos Cafeicultores e Agropecuaristas de Minas Gerais (Coccamig) que representa 15 cooperativas ligadas à cafeicultura, acompanha com grande apreensão o déficit hídrico que atingiu grande parte do Sul de Minas. Por conta dessa preocupação e, para buscar entender melhor o cenário envolvendo a falta de chuvas e seus reflexos, a Coccamig reuniu as equipes técnicas das cooperativas associadas, que destacaram importantes pontos envolvendo o assunto.

O ano de 2020 começou com chuvas regulares até o mês de março, sendo que após esse período foram registrados baixos e irregulares índices pluviométricos, muito inferiores à média histórica, com o agravante de temperaturas acima de 33°C no mês de setembro.

Segundo Marco Valério Araújo Brito, presidente da Coccamig, “os impactos negativos devido às condições climáticas poderão comprometer a próxima safra, com lavouras apresentando danos de maior ou menor intensidade, de acordo com alguns fatores, como: presença de matéria orgânica e cobertura do solo, tipo de solo, manejo nutricional do cafeeiro, idade da lavoura, ocorrência de pragas como bicho-mineiro, entre outros.”

O presidente da Coccamig destaca ainda que “os departamentos técnicos das associadas avaliaram diversas regiões e os relatos são bem similares, o que demonstra maiores chances de termos sérias consequências na produtividade da safra 2021 e, possivelmente, 2022”.

João Emygdio Gonçalves, diretor presidente da Coopama, com matriz em Machado MG, comenta que “na área de atuação da Coopama que abrange mais de 10 municípios, ocorreu uma seca desproporcional aos costumes da região que, somada à bienalidade negativa, poderá acarretar em uma queda significativa da produção, se comparada à última safra. Outra preocupação é em relação aos cereais, que tiveram a janela afunilada para uma segunda safra por conta do atraso no plantio”.

José Márcio, presidente da Coopercam, com sede em Campos Gerais, informa que “devido ao longo período de estiagem, as lavouras novas com potencial produtivo foram duramente atingidas, cresceram pouco e perderam folhas, tendo como consequência uma queda acentuada na produção para 2021”.

Renato José de Melo, superintendente da Coomap, com sede em Paraguaçu MG, afirma que “em 2021 haverá o efeito da bienalidade negativa, que automaticamente já impacta na produtividade, com a falta de chuvas regulares, resultará em uma diminuição ainda maior na quantidade dos cafés produzidos na região de Paraguaçu, tendo possivelmente o impacto de toda essa situação estendido até 2022.”

Resumidamente, destaca-se o seguinte cenário:

1-    A safra de café 2020 superou as expectativas, a produção foi excelente, exigindo muito do cafeeiro;

2-    Em 2021 teremos o efeito da bienalidade negativa nas lavouras;

3-    O déficit hídrico prejudicou muito o desenvolvimento vegetativo das plantas de café;

4-    O Stress da colheita, somado ao stress hídrico, impulsionou um aumento da poda, esqueletamento e recepa;

5-    Todos os tratos culturais sofreram atraso, principalmente a adubação;

6-    Houve aumento na incidência de pragas, especialmente do bicho mineiro;

7-    Todos esses fatores juntos, deverão impactar na produtividade da safra 2021 e certamente da safra 2022.

A Coccamig continua atenta aos reflexos desses impactos negativos para a cafeicultura da região, e se coloca à disposição para quaisquer esclarecimentos e informações.

Acesse no site e obtenha mais informações – www.coccamig.com

Equipe de Comunicação – Coccamig

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