Cooabriel recebe auditoria da Rainforest Alliance, e certifica café cultivado em propriedades que seguem rigorosos padrões sociais e ambientais.

Selo identifica o café cultivado em propriedades que seguem rigorosos padrões sociais e ambientais.

19 de agosto de 2021 | Sem comentários Comércio
Na primeira semana de agosto, a Cooabriel recebeu a empresa certificadora que realiza todo o processo que irá habilitar a Cooabriel ao Programa de Certificação Rainforest Alliance (RFA). O selo identifica o café cultivado em propriedades que seguem rigorosos padrões sociais e ambientais.
A Cooabriel é a primeira cooperativa de café conilon em processo de obtenção da Certificação Rainforest. A empresa certificadora, avaliou os vários quesitos exigidos no sentido de avaliar o cumprimento das exigências contidas no protocolo padrão atualizado da Rainforest Alliance.
“Precisamos estar alinhados com os interesses a nível mundial e mostrar a qualidade do conilon a todos os países. Isso também poderá agregar valor ao café produzido pelos nossos cooperados”, disse o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello.
As auditorias foram feitas: na cooperativa, enquanto gestora da certificação; no armazém central sede enquanto unidade de suprimentos; nas propriedades dos cooperados participantes do grupo inicial no programa.
A partir disso, o Comitê de Sustentabilidade da Cooabriel fez o plano de melhorias exigido pela certificadora, que foi encaminhado na última semana à Rainforest. Há um período pré-estabelecido para apresentar a avaliação final que definirá a habilitação definitiva da cooperativa ao Programa.
“Uma vez habilitada ao programa, a Cooabriel estará apta a comercializar no mercado o café sob a chancela da Rainforest Alliance. O resultado será importante para a cooperativa e para os produtores que fazem parte do programa. A cooperativa criou neste ano um Comitê específico para cuidar do assunto, atenta à crescente preocupação dos consumidores por segurança alimentar. Há mais de seis anos a Cooabriel desenvolve trabalho com cafés sustentáveis e vem introduzindo processos. Trabalhar com cafés certificados é importante, pois além de atrair grandes mercados, melhora a qualidade de vida dos produtores e os conduz à gestão da propriedade, além de inúmeros outros aspectos de sustentabilidade do negócio”, explicou a gerente de exportação e sustentabilidade da Cooabriel, Renata Vaz.
Todas as etapas desse programa são acompanhadas pelos técnicos do comitê de Sustentabilidade da Cooabriel, que orientam os produtores a adequarem a propriedade e realizarem as melhorias e benfeitorias, aplicação do código de ética e conduta, além da realização de capacitações para todos os envolvidos no processo e utilização do caderno de campo.
O Comitê tem um papel importante para realizar adequações e auditar internamente os processos no sentido de garantir que as exigências do programa sejam cumpridas e que o cronograma de melhorias seja estabelecido e realizado dentro dos prazos determinados pela Rainforest.
De acordo com o superintendente da Cooabriel, Carlos Augusto Pandolfi, é de suma importância, o engajamento dos produtores no atendimento aos diversos condicionantes das normas estabelecidas pela Rainforest Alliance.
“A iniciativa de participar passa pelo processo de conscientização individual do produtor, de olhar para dentro de sua propriedade e perceber que aquilo que é feito, pode ser melhorado ou adaptado às melhores práticas do mercado, seja no âmbito ambiental, seja no social. O econômico, que é a “terceira perna” do tripé da sustentabilidade e este com certeza é o principal anseio do produtor e o que de fato o motiva a realizar transformações, é um desafio a ser buscado. Claro, que uma certificação de nível internacional como a RFA abre portas e oportunidades, sendo assim uma poderosa ferramenta que pode abrir mercados ou nichos de mercado que valorizam financeiramente produtos com o selo da Rainforest Alliance (RFA). É um bom desafio e por toda a importância que a questão da sustentabilidade vem ganhando nos diversos níveis de discussão mundo afora, acreditamos que encontraremos clientes com apetite para pagar o valor justo para o produtor que acreditou, investiu e produziu café com qualidade e boas práticas que atendem todos os requisitos da norma”, destacou.
Novos grupos de cooperados serão formados para certificação RFA. Para participar, os cooperados deverão obedecer a alguns critérios: estar na Consultoria Técnica da cooperativa, assinar termo de compromisso e ter aptidão aos processos exigidos pelo programa. 
O sócio de Nova Venécia, Rogério Pilon Lopes, já tem uma tradição familiar para os cuidados com o meio ambiente. Desde 2012, a propriedade da família está inserida no programa de consultoria técnica e gestão da Cooabriel “Conilon Eficiente”. O produtor possui formação como técnico agrícola e há anos investe na preservação de sua propriedade. “Há pelo menos oito anos realizo a destinação correta do lixo, por exemplo. As mudanças recomendadas para a auditoria foram bem adaptadas na nossa propriedade. Trata-se de um investimento pequeno que irá trazer muitos benefícios, inclusive na valorização do preço”, finalizou.

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