Contrato futuro agrícola sobe e atrai mais investidores

Publicação: 04/01/07

Por: DCI

A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) quer atrair investidores para os contratos futuros do setor agropecuário, mesmo os que não estejam diretamente ligados ao setor. Os mercados futuros vêm sendo considerados um instrumento eficiente para diminuir o risco de variação de preços. A Bolsa negocia títulos e contratos que têm como referência ativos financeiros, taxas, mercadorias e moedas, nas modalidades à vista e liquidação futura.


De acordo com os especialistas, os aplicadores devem ficar atentos aos contratos das commodities agropecuárias, que devem trazer bons resultados. Para quem tem menos recursos e opta pelos minicontratos, o de café arábica segue como uma boa opção. Os agropecuários (futuros, opções e ex-pit) da BM&F bateram recorde histórico no acumulado de janeiro a novembro de 2006: 1,253 milhão de contratos, volume 26% acima do registrado no mesmo período de 2005 e as estimativas continuam positivas para este ano.


Apenas no mês de novembro de 2006, o volume financeiro em reais e em dólares dos contratos agropecuários atingiu recorde histórico, com R$ 349,6 milhões e US$ 159,7 milhões. Na BM&F, como um todo, no mesmo mês o volume foi de US$ 1,5 bilhão, 67,3% superior ao obtido no mesmo mês de 2005. Nos primeiros onze meses de 2006, os futuros de boi gordo (366.620), de milho (127.298) e de soja (90.967) também apresentaram volume recorde.


O principal destaque foi o mercado futuro de café arábica: além de alcançar volume histórico de contratos negociados em novembro de 2006 (71.675 contratos), negociou, no dia 28, seu maior volume diário da Bolsa, 8.901 contratos, superando a marca anterior registrada no dia 27 de abril de 2001, de 6.989 contratos. Previsão de mais ganhos “A expectativa para os ativos agropecuários da Bolsa são bastante positivas para 2007 e o aplicador deve estar atento a esta opção, porque os resultados não devem decepcionar”, afirma Maria Flávia Tavares, consultora da Dibran Corretora BM&F.


Em setembro de 2006, foi criado o Fundo de Operações do Mercado Agropecuário (Foma) que permite reduzir as margens de garantia exigidas dos participantes nos mercados derivativos agropecuários, dando mais um passo na direção do pequeno investidor. A decisão de criar o fundo veio de uma antiga demanda das corretoras associadas à BM&F, principalmente as mais ativas no mercado agropecuário, que pediam a redução das margens neste segmento.


Além disso, a BM&F chegou a reconhecer que as garantias exigidas por ela eram efetivamente maiores do que as das principais bolsas estrangeiras, fator que também incentivou a medida. “Os mercados futuros são o instrumento mais eficiente para diminuir o risco de variação de preços. São mercados organizados em que são assumidos compromissos padronizados de compra e venda de uma mercadoria, ativo financeiro ou índice econômico para liquidação numa data futura preestabelecida”, afirma a consultora.


Carlos Eduardo Mariano, também consultor da Dibran Corretora BM&F, ressalta que muitas vezes os investidores cometem os mesmo tipo de erro, entre os quais ele destaca: a compra ao final de um ciclo de alta, entram em pânico e vendem numa queda do mercado e buscam lucrar examinando os padrões do passado. “Frente a um ganho a maioria dos investidores tem verdadeira aversão ao risco; já quando estão diante de uma perda, eles têm propensão ao risco”, afirma.

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