11/07/2012
Sistema substituirá papéis e começará a ser testado em agosto em Santa Catarina. Ideia é reduzir em até 30% tempo gasto desde a saída do contêiner da agroindústria até a liberação nos portos
GIOVANA PERINE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DE SÃO PAULO,
DE FLORIANÓPOLIS
O rastreamento das exportações brasileiras de carne passará a ser eletrônico. Contêineres sairão das empresas com um chip, que substituirá pilhas de papéis e promete conferir mais agilidade aos processos nos portos.
A partir do mês que vem começa um período de 90 dias de testes em Santa Catarina. A expectativa é que em um ano todos os carregamentos de carne do país destinados ao mercado internacional saiam das agroindústrias com as etiquetas eletrônicas.
O sistema é resultado de parceria entre Fapesc (Federação de Amparo à Pesquisa e Inovação de SC), Sindicarne (Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de SC) e Acav (Associação Catarinense de Avicultura), que já investiram R$ 500 mil.
Segundo o presidente do Sindicarne e da Acav, Clever Avila, o objetivo é reduzir em até 30% o tempo gasto desde a saída do contêiner da agroindústria até a liberação nos portos.
“Com as informações on-line sobre o carregamento, esperamos que o despacho dos contêineres seja até 18 horas mais rápido.”
A mudança começa quando os contêineres são inspecionados por fiscais do Ministério da Agricultura, na saída das indústrias.
Nesse momento os lacres receberão um chip com as informações sobre a carga (como origem, tipo de produto e destino), certificados sanitários e documentos fiscais.
RADIOFREQUÊNCIA
Segundo o presidente da Fapesc, Sergio Gargioni, ao entrar no porto, o contêiner passará por um portal que emitirá um sinal de radiofrequência e lerá o chip. Nessa fase de testes, apenas o porto de Navegantes (SC) contará com o leitor.
Ou seja, antes mesmo de o carregamento chegar ao local de embarque, despachantes aduaneiros poderão analisar os documentos e fazer a liberação das cargas.