Consumo doméstico deve crescer até 5% este ano

Por: 13/01/2009 07:01:15 - Gazeta Mercantil

São Paulo, 13 de Janeiro de 2009 – O consumo de café no Brasil manterá taxa de crescimento de 4% a 5% em 2009, com a agregação de uma maior demanda da classe C e não há qualquer indicação de que a crise econômica internacional alcançará o setor, disse Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de café (Abic).


Assim, a demanda interna do Brasil, o segundo maior consumidor mundial atrás dos Estados Unidos, deverá se aproximar das 19 milhões de sacas de 60 kg ao final de 2009, contra esperadas 18 milhões de sacas em 2008.


“Não acreditamos em impacto no consumo de alimentos, principalmente de alimentos diários, como é o caso do café, declarou Nathan Herszkowicz.


Apesar de a Abic ainda não ter fechado os dados do consumo em 2008, o que só ocorrerá ao final de janeiro, informações preliminares apontam para 18 milhões de sacas consumidas internamente no ano passado, disse o diretor da Abic.


“Com a confirmação do volume da safra, manteremos a meta de 21 milhões (para 2011)”, destacou. Herszkowicz disse que o consumo nacional de café foi de 17,1 milhões de sacas em 2007.


A confiança da Abic no crescimento do consumo em 2009 está baseada numa pesquisa com mais de 2 mil pessoas, divulgada no final do ano passado, que mostra que a penetração do café aumentou entre a população brasileira.


Em anos anteriores, entre 91 e 93 por cento dos brasileiros se diziam consumidores de café, contra 97 por cento verificados na pesquisa realizada em outubro de 2008, justamente quando a crise internacional se acentuou.


A participação da classe C no consumo interno de café passou de 38% para 43% de 2007 para 2008. Considera-se classe C a parcela da população com renda mensal de entre R$ 726 a R$ 2.011 reais. Esses são mais de 40% da população.


O número de doses diárias de café também aumentou. “Não só mais pessoas estão bebendo café, como estão bebendo mais café a cada dia”, disse Herszkowicz.


Além da melhora da renda, o que permitiu que mais pessoas consumam café, a bebida também está sendo beneficiada pelo aumento do número de cafeterias no país, que torno o consumo um hábito mais trivial, em meio a campanhas de marketing promovidas pela Abic.


Ao mesmo tempo que cresce o consumo em 2009, as torrefadoras brasileiras terão de lidar com uma oferta mais apertada, em função da queda na safra 2009/10 brasileira devido à baixa no ciclo bianual de produção do arábica.


Mas Herszkowicz não prevê problemas para abastecimento, apenas preços da matéria-prima mais firmes. “O número (da safra) é relativamente preocupante, mas passamos por situação parecida alguns anos atrás.


(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 10)(Reuters)
 

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