Consumo de café rompe recorde histórico em 2015 na Colômbia

O consumo de café na Colômbia em 2015 teve um crescimento histórico de 3,1% em volume, liderado pelas marcas premium. O estudo Retail Index Café, do Nielsen, destaca que esse comportamento é muito positivo, já que supera o desenvolvimento do total da Cest

Por: por Juliana Santin / Café Point

O consumo de café na Colômbia em 2015 teve um crescimento histórico de 3,1% em volume, liderado pelas marcas premium. O estudo Retail Index Café, do Nielsen, destaca que esse comportamento é muito positivo, já que supera o desenvolvimento do total da Cesta de Consumo Massivo (2,4%) e o da Cesta de Bebidas em conjunto (chocolate de mesa, modificadores de leite, leite em pó, refrescos concentrados, café moído e solúvel), que foi de 0,6% em 2015.


Segundo a empresa auditora, Nielsen, esse comportamento se explica porque o café vem aumentando sua penetração nas famílias colombianas ano após ano, alcançando 91% dos lares no último trimestre de 2015, além de um maior consumo por família (7,3%).


De acordo com o estudo, o crescimento no consumo do grão foi na modalidade de café moído, com cerca de 85 de cada 100 quilos vendidos, o que representa um aumento de 2,3% durante o ano passado. Nessa categoria, a venda cresceu em dois dígitos, acima de 10% pelo segundo ano consecutivo, já que representa mais de 5% das vendas de café moído para as famílias colombianas.


A esses dados se agrega, segundo a Nielsen, um crescimento de volume de 8% na venda de cafés solúveis.


O estudo diz que esses índices de crescimento da Macro categoria Café são mais importantes se for levado em conta que se apresentou em um ano complexo para a economia colombiana, pois confluíram fatores negativos, como a queda de preços do petróleo, o fenômeno do El Niño, o fechamento da fronteira com a Venezuela e a desaceleração da economia mundial.


“Este crescimento de 3,1% nos volumes vendidos da Macro categoria Café nos canais de varejo em 2015, que se soma ao crescimento de 11% acumulado entre 2009 e 2014, consolida a dinâmica positiva de uma categoria que retoma o crescimento após duas décadas de contração (1986-2009). Uma amostra a mais de que o trabalho coordenado da indústria torrefadora e a Federação Nacional de Cafeicultores (FNC), reunidas no Programa Toma Café para o desenvolvimento do mercado interno, estimula a competitividade e eleva a consideração e o consumo de nossa bebida nacional”, disse a coordenadora executiva do Programa Toma Café, Ana María Sierra.


Ela explica que a Macrocategoria Café alcança uma penetração de 91% das famílias em 2015 e, segundo a Nielsen, o crescimento da Macrocategoria Café pode ser explicado porque o café vem aumentando sua penetração nos lares ano a ano, passando de 89% no período de outubro a dezembro de 2014 para 91% no mesmo período de 2015.


Isso significa, disse a análise, que mais lares realizam ao menos um ato de compra durante o trimestre ao passar de 8,9 dias a uma compra a cada 8,3 dias. Também se aumenta a compra média de 110 a 120 gramas na ocasião da compra.


As marcas premium de café apresentam o melhor desenvolvimento da macro categoria com crescimentos em volumes vendidos que superam em 10% cada um dos anos recentes. A participação nas vendas em canais de varejo dos cafés de preço alto triplicou nos anos de 2009 e 2015 e representa já 5% das vendas de café moído na Colômbia.


Para a economia doméstica colombiana, o consumo de café mobiliza vendas anuais estimadas em US$ 1,12 milhão anuais e a cadeia produtiva gera nas regiões urbanas cerca de nove mil empregos diretos, envolvidos na transformação, embalagem e distribuição de cerca de 250 referências de produto terminado.


No canal varejista, o café embalado está presente em nove de cada dez estabelecimentos entre serviços automotivos e lojas tradicionais que somam mais de 300 mil pontos de venda node o café é um dos 25 produtos mais vendidos, de acordo com a análise de Nielsen.


Fora de casa, o café preparado é vendido em milhares de pequenos negócios, com rentabilidades brutas que podem chegar a 300%, elevando as receitas de pequenos comerciantes (lojas, cafeterias e padarias de bairro), fortalecendo o tecido social.


Sierra disse que “nos últimos seis anos, assistimos a uma renovada dinâmica do consumo impulsionada pela inovação e um trabalho coordenado da cadeia de café reunida ao redor do Programa Toma Café, que estimula a demanda efetiva e põe a categoria Café novamente na rota de crescimento”.


As informações são do La Opinión/ Tradução por Juliana Santin

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