fonte: Cepea

Consumo de café no Brasil sobe 4,8% em um ano

Brasileiros consumiram o equivalente a 21 milhões de sacas de novembro de 2017 a outubro de 2018

7 de fevereiro de 2019 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: BALANÇO SEMANAL — 04 a 08/02/2019

A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) divulgou, ontem, 6 de fevereiro, o levantamento do consumo da bebida no Brasil entre novembro de 2017 e outubro de 2018. Segundo a entidade, foram consumidas 21 milhões de sacas de 60 kg no período, o que corresponde a um aumento de 4,8% na comparação com idêntico intervalo anterior e mantém o país como segundo maior consumidor mundial, atrás apenas dos Estados Unidos.

O diretor executivo da entidade, Nathan Herszkowicz, informou que a elevação registrada se justifica, entre outros fatores, pelo crescimento do público consumidor de café no Brasil, pela melhora da qualidade oferecida à população e pela oferta de produtos diferenciados, o que faz do café “a bola da vez”.

A Abic também anunciou que reformulou sua metodologia de pesquisa e não mais inclui as estimativas das empresas não associadas e de outros canais de consumo “não cadastrados”, como fazendas, cafeterias e informais. Desconsiderando esses números, a Associação destacou que houve uma redução de 1,953 milhão de sacas no volume total anteriormente previsto (aproximadamente 23 milhões).

O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, enaltece o trabalho estatístico que a parceira Abic realiza e, principalmente, o de promoção de consumo e estímulo à qualidade por meio de seus programas, como, por exemplo, o Selo de Pureza.

“Há tempos, identificamos uma tendência para estimular a produção, sem que haja um mesmo esforço no que se refere ao consumo, o que é prejudicial, pois gera excedentes e aviltamento de preços. O Brasil faz, com suas entidades, o dever de casa e mantém seu ritmo constante de crescimento e deve ser visto pelos demais países produtores como referência e exemplo na elevação da qualidade e do consumo”, considera.

Brasileiro recorda que esse posicionamento para elevação do consumo vem sendo defendido pelo CNC mundialmente, nas reuniões da Organização Internacional do Café (OIC) e também no Fórum Mundial de Produtores de Café.

“É essencial que qualquer iniciativa de fomento à produção esteja atrelada ao aumento do consumo, sem o que não haverá sustentabilidade econômica na cadeia. Por isso enaltecemos o trabalho que a Abic e as demais entidades realizam internamente, elevando a qualidade e o volume de consumo, o que faz o Brasil caminhar a passos largos para buscar o topo do ranking mundial”, conclui.

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