Consumo de café no Brasil já é de 16,9 milhões de sacas

25 de julho de 2007 | Sem comentários Cafeteria Consumo

Cresce também o consumo per capita, que está em 4,41 kg de café torrado por habitante/ano


A Associação Brasileira da Indústria de café está divulgando os “Indicadores da Indústria”, que trazem os resultados apurados no período de Maio de 2006 a Abril de 2007, e que mostram que o consumo aumentou 5,81% em relação a Maio/2005 e Abril/2006, indo de 15,95 milhões de sacas para 16,9 milhões de sacas. “Considerando que o consumo mensal médio está sendo de 79 mil sacas, pode-se dizer que ao final de Junho de 2007 o mercado interno no Brasil já havia ultrapassado os 17 milhões de sacas”, comemora Guivan Bueno, presidente da ABIC.


Neste mesmo período (Maio/2006 a Abril/2007), o consumo per capita foi de 5,52 kg de café em grão, cru, ou 4,41 kg de café torrado, ou quase 73 litros para cada brasileiro por ano. A evolução de 4,5% em relação ao período anterior (contra 3,9% na ultima apuração), confirma, segundo a entidade, a constatação da pesquisa da InterScience que mostra que os consumidores estão tomando mais xícaras de café por dia. “Este resultado coloca o consumo por habitante/ano do Brasil em patamares muito semelhantes ao de países como Alemanha (5,86 kg/hab), França (5,05 kg/hab) e Itália (5,63 kg/hab), que estão entre os que apresentam o maior consumo per capita em todo o mundo, segundo dados da Organização Internacional do café”, diz Natal Martins, diretor de Pesquisa e Economia da ABIC.


Razões do crescimento


Em seu relatório econômico, a ABIC atribui o crescimento do consumo a um conjunto de fatores que se repetem há anos, de forma consistente e duradoura:


– A melhoria contínua da qualidade do café oferecido aos consumidores, que foi ampliada com o PQC – Programa de Qualidade do café, lançado pela ABIC em final de 2004 e que, atualmente, já certifica mais de 210 marcas em todo o Brasil;


– A consolidação do mercado de cafés tipo Gourmet ou Especiais, diferenciados e de alta qualidade, que despertam cada vez mais atenção, interesse e curiosidade junto aos consumidores, sendo apontados na pesquisa da InterScience como um dos fatores mais importantes para a conquista de novos consumidores, principalmente, entre os jovens;


– A melhora muito significativa da percepção do café quanto aos aspectos dos benefícios para a saúde , como resultado dos grandes investimentos no Programa café e Saúde, que todo o agronegócio apóia.


A ABIC também destaca como fundamental para o aumento consistente do consumo interno o Programa Integrado de Marketing – PIM 2007, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Essa é uma parceria bem-sucedida do governo com todos os segmentos da iniciativa privada que participam do Comitê de Promoção e Marketing do Conselho Deliberativo da Política do café”, explica Lucas Tadeu Ferreira, diretor do DCAF – Departamento do café, do MAPA, que coordena o PIM. “Funcionando como uma câmara setorial do café bem ativa, temos realizado por meio do CDPC diversas estratégias que efetivamente têm impulsionado o aumento do consumo no Brasil e incrementado a exposição do produto brasileiro no exterior, atendendo, dessa forma, os interesses do governo e dos setores privados”, acrescenta Ferreira.


Este ano, o PIM conta com recursos do Funcafé no valor de R$ 13 milhões (com contrapartida da iniciativa privada), sendo que R$ 8 milhões estão sendo aplicados na ampliação do mercado interno, e R$ 5 milhões para promoção do café no exterior. “Estes programas têm tido importância fundamental na promoção interna e externa do café como, por exemplo, no desenvolvimento do Programa café e Saúde, que objetiva gerar informações e conhecimentos para a comunidade cientifica, médica e consumidores”, diz Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da ABIC. Como exemplo, ele cita a campanha “café também é saúde” que está sendo realizada na cidade do Rio de Janeiro durante este mês de julho, coincidindo com o período de férias e de realização dos jogos Pan-Americanos..


Outros fatores que contribuem positivamente são: o consumo fora do lar, que continua a se ampliar – no trabalho, nas cafeterias, nos restaurantes, panificadoras, etc. – e o aumento em 4% do total de consumidores que tomam café todo o dia, conforme mostra pesquisa da InterScience. Este estudo revela que houve aumento de 100% no consumo de café entre as pessoas da classe A, e de 45% nas da classe B. Este resultado está associado ao interesse nos cafés de alta qualidade, os Gourmet ou Superiores, que mesmo com preços mais elevados passam a representar a preferência destes segmentos de consumidores. “Assim, em 2007 segue firme a expansão das cafeterias em todo o País, bem como a das empresas estrangeiras que recentemente abriram os seus estabelecimentos em São Paulo”, avalia Herszkowicz, para quem “o mercado interno brasileiro se mostra maduro para assimilar inovações e novos produtos”.


Meta e preços


O resultado de 16,9 milhões de sacas (ou 17 milhões) representará 52% da safra que está sendo colhida, que será de 32,09 milhões de sacas, segundo a CONAB. “O montante está, também, muito próximo das previsões e expectativas da ABIC para 2007, que é de 17,4 milhões de sacas”, diz Natal Martins, lembrando que a meta de atingir os 21 milhões de sacas no ano 2010 parece estar mais próxima. Para tanto, o consumo interno deverá crescer 6%, em média, ao ano, incorporando mais de 1,1 milhão de sacas a cada 12 meses.


Com relação aos preços ao consumidor, estes evoluíram, na média, 20% desde janeiro/2007, principalmente em função dos aumentos das cotações do grão ocorridas no final de 2006. As vendas do setor podem alcançar R$ 6,7 bilhões em 2007, contra R$ 5,4 bilhões em 2006. Entretanto, Natal Martins diz que os bons resultados em volume e expansão do mercado interno ainda não representam recuperação da rentabilidade do setor. “O preço do café aos consumidores evoluiu somente 17% entre Julho/1994 e Dezembro/2006, contra uma variação da Cesta Básica Nacional de 135%. Aliás, o café representava 12% do custo da cesta básica em 1994 e seu valor relativo caiu para somente 5,7% em 2006”, conclui Martins.


O relatório “Indicadores da Indústria 2006/2007” pode ser lido na íntegra a partir de quarta-feira (25/07) na página de Estatística do site www.abic.com.br

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Consumo de café no Brasil já é de 16,9 milhões de sacas

24/07/07

24 de julho de 2007 | Sem comentários Consumo Torrefação
Por: Tempo de Comunicação

Cresce também o consumo per capita, que está em 4,41 kg de café torrado por habitante/ano    

   
A Associação Brasileira da Indústria de Café está divulgando os “Indicadores da Indústria”, que trazem os resultados apurados no período de Maio de 2006 a Abril de 2007, e que mostram que o consumo aumentou 5,81% em relação a Maio/2005 e Abril/2006, indo de 15,95 milhões de sacas para 16,9 milhões de sacas. “Considerando que o consumo mensal médio está sendo de 79 mil sacas, pode-se dizer que ao final de Junho de 2007 o mercado interno no Brasil já havia ultrapassado os 17 milhões de sacas”, comemora Guivan Bueno, presidente da ABIC.


Neste mesmo período (Maio/2006 a Abril/2007), o consumo per capita foi de 5,52 kg de café em grão, cru, ou 4,41 kg de café torrado, ou quase 73 litros para cada brasileiro por ano. A evolução de 4,5% em relação ao período anterior (contra 3,9% na ultima apuração), confirma, segundo a entidade, a constatação da pesquisa da InterScience que mostra que os consumidores estão tomando mais xícaras de café por dia. “Este resultado coloca o consumo por habitante/ano do Brasil em patamares muito semelhantes ao de países como Alemanha (5,86 kg/hab), França (5,05 kg/hab) e Itália (5,63 kg/hab), que estão entre os que apresentam o maior consumo per capita em todo o mundo, segundo dados da Organização Internacional do Café”, diz Natal Martins, diretor de Pesquisa e Economia da ABIC.


Razões do crescimento


Em seu relatório econômico, a ABIC atribui o crescimento do consumo a um conjunto de fatores que se repetem há anos, de forma consistente e duradoura:


– A melhoria contínua da qualidade do café oferecido aos consumidores, que foi ampliada com o PQC – Programa de Qualidade do Café, lançado pela ABIC em final de 2004 e que, atualmente, já certifica mais de 210 marcas em todo o Brasil;


– A consolidação do mercado de cafés tipo Gourmet ou Especiais, diferenciados e de alta qualidade, que despertam cada vez mais atenção, interesse e curiosidade junto aos consumidores, sendo apontados na pesquisa da InterScience como um dos fatores mais importantes para a conquista de novos consumidores, principalmente, entre os jovens;


– A melhora muito significativa da percepção do café quanto aos aspectos dos benefícios para a saúde , como resultado dos grandes investimentos no Programa Café e Saúde, que todo o agronegócio apóia.


A ABIC também destaca como fundamental para o aumento consistente do consumo interno o Programa Integrado de Marketing – PIM 2007, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Essa é uma parceria bem-sucedida do governo com todos os segmentos da iniciativa privada que participam do Comitê de Promoção e Marketing do Conselho Deliberativo da Política do Café”, explica Lucas Tadeu Ferreira, diretor do DCAF – Departamento do Café, do MAPA, que coordena o PIM. “Funcionando como uma câmara setorial do café bem ativa, temos realizado por meio do CDPC diversas estratégias que efetivamente têm impulsionado o aumento do consumo no Brasil e incrementado a exposição do produto brasileiro no exterior, atendendo, dessa forma, os interesses do governo e dos setores privados”, acrescenta Ferreira.


Este ano, o PIM conta com recursos do Funcafé no valor de R$ 13 milhões (com contrapartida da iniciativa privada), sendo que R$ 8 milhões estão sendo aplicados na ampliação do mercado interno, e R$ 5 milhões para promoção do café no exterior. “Estes programas têm tido importância fundamental na promoção interna e externa do café como, por exemplo, no desenvolvimento do Programa Café e Saúde, que objetiva gerar informações e conhecimentos para a comunidade cientifica, médica e consumidores”, diz Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da ABIC. Como exemplo, ele cita a campanha “Café também é saúde” que está sendo realizada na cidade do Rio de Janeiro durante este mês de julho, coincidindo com o período de férias e de realização dos jogos Pan-Americanos..


Outros fatores que contribuem positivamente são: o consumo fora do lar, que continua a se ampliar – no trabalho, nas cafeterias, nos restaurantes, panificadoras, etc. – e o aumento em 4% do total de consumidores que tomam café todo o dia, conforme mostra pesquisa da InterScience. Este estudo revela que houve aumento de 100% no consumo de café entre as pessoas da classe A, e de 45% nas da classe B. Este resultado está associado ao interesse nos cafés de alta qualidade, os Gourmet ou Superiores, que mesmo com preços mais elevados passam a representar a preferência destes segmentos de consumidores. “Assim, em 2007 segue firme a expansão das cafeterias em todo o País, bem como a das empresas estrangeiras que recentemente abriram os seus estabelecimentos em São Paulo”, avalia Herszkowicz, para quem “o mercado interno brasileiro se mostra maduro para assimilar inovações e novos produtos”.


Meta e preços


O resultado de 16,9 milhões de sacas (ou 17 milhões) representará 52% da safra que está sendo colhida, que será de 32,09 milhões de sacas, segundo a CONAB. “O montante está, também, muito próximo das previsões e expectativas da ABIC para 2007, que é de 17,4 milhões de sacas”, diz Natal Martins, lembrando que a meta de atingir os 21 milhões de sacas no ano 2010 parece estar mais próxima. Para tanto, o consumo interno deverá crescer 6%, em média, ao ano, incorporando mais de 1,1 milhão de sacas a cada 12 meses.


Com relação aos preços ao consumidor, estes evoluíram, na média, 20% desde janeiro/2007, principalmente em função dos aumentos das cotações do grão ocorridas no final de 2006. As vendas do setor podem alcançar R$ 6,7 bilhões em 2007, contra R$ 5,4 bilhões em 2006. Entretanto, Natal Martins diz que os bons resultados em volume e expansão do mercado interno ainda não representam recuperação da rentabilidade do setor. “O preço do café aos consumidores evoluiu somente 17% entre Julho/1994 e Dezembro/2006, contra uma variação da Cesta Básica Nacional de 135%. Aliás, o café representava 12% do custo da cesta básica em 1994 e seu valor relativo caiu para somente 5,7% em 2006”, conclui Martins.


O relatório “Indicadores da Indústria 2006/2007” pode ser lido na íntegra a partir de quarta-feira (25/07) na página de Estatística do site www.abic.com.br 

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