O consumo de café na região de Sorocaba cresceu mais que a média nacional no ano passado. Enquanto dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) apontam um acréscimo próximo a 4% em 2005, empresas locais registram um aumento de até 6% nas vendas.
Osório Leme Filho, proprietário da Santa Fé, uma das marcas líderes no mercado de Sorocaba, afirma que, no ano passado, houve um crescimento de 6% nas vendas, o que se refletiu na produção. A empresa fechou o ano com mil toneladas comercializadas.
Além do bom desempenho da linha popular, houve acréscimo de 2% nas vendas dos cafés especiais.
Leme atribui esse aquecimento à expansão das cafeterias e à adesão de empresas à máquinas de café expresso. “São estímulos ao consumo que favorecem o mercado”.
Ele diz que a própria Abic tem se empenhado em campanhas de esclarecimento sobre os benefícios do café. “Até pouco tempo, criança era proibida de tomar café, hoje se reconhece que a bebida pode melhorar o raciocínio”, afirma.
Consumo ascendente
Augusto Chierighini, diretor da Gazzola Chierighini, fabricante das marcas de café Ituano, Caturra e Popular, revela que, desde 2001, o consumo de café cresce 5% ao ano.
A maior demanda, segundo ele, tem se concentrado nos cafés de qualidade superior. Tanto que o Ituano, que é da linha especial, representa cerca de 70% do faturamento da empresa. No ano passado, a produção chegou a 1,5 mil toneladas.
A Gazzola responde atualmente por 15% do mercado de café na capital paulista e 50% na região de Itu. O próximo desafio da empresa, anuncia Chierighini, será a exportação.
A empresa aguarda apenas a conclusão do processo de certificação para lançar-se no mercado dos Estados Unidos.
O principal foco, no entanto, continua no mercado nacional que, segundo o diretor, ainda tem o que crescer. A previsão da Abic é de que até 2010, o consumo de café no País chegue a 21 milhões de sacas. No ano passado, a demanda foi de 15,5 milhões de sacas.
19/2/2006