Consumo: Café português entra no mercado chinês

25 de março de 2009 | Sem comentários Consumo Torrefação
Por: LUSA

Pequim, China 25 Mar (Lusa) – Se os chineses passassem a consumir só um quarto do café que os portugueses bebem, a indústria de torrefacção teria o futuro mais que assegurado, garantem os profissionais do sector.


“O consumo de café na China está ainda nos gramas. Há, de facto, um grande caminho a percorrer”, diz Isménio Azevedo, um consultor da área que participou hoje na apresentação em Pequim da marca “Olá Café”.


Trata-se de “um café de estilo europeu” fabricado em Macau pela SIM, uma empresa do grupo Vasco Pereira Coutinho, com matéria-prima importada sobretudo do Brasil


Segundo estimativas do sector, em Portugal, o consumo anual per capita de café ronda os quatro quilos e nos países do norte da Europa, os grandes consumidores juntamente com os Estados Unidos, ultrapassa os 14 quilos.


Quanto à China, um país tradicionalmente apreciador de chá, mas que em alguns aspectos está a “ocidentalizar-se” a ritmo acelerado, as estimativas de consumo de café variam entre 15.000 e 30.000 toneladas por ano – menos que Portugal, cuja população não chega a 1 por cento dos cerca de 1.350 milhões de chineses.


A apresentação do “Olá Café” em Pequim, perante algumas dezenas de profissionais da restauração e hotelaria locais, decorreu nas instalações da Embaixada de Portugal na China.


“O consumo de café na China vai disparar (…) Os chineses vão seguir os mesmos passos do Japão, outro país asiático habituado ao chá e que é hoje um dos maiores consumidores de café do mundo”, afirma a directora comercial da “Olá Café” em Pequim, Dora Martins.


Os “alvos” do produto são a classe média alta, os hotéis de quatro-cinco estrelas – “só em Pequim há cerca de 100”, realça Dora Martins – e os restaurantes ocidentais, que já ultrapassam as duas centenas.


O “Olá Café, já à venda nos supermercados de Macau, está a ser lançado também em Hong Kong e em Cantão.


A localização da fábrica de torrefacção, “em território chinês” (a Região Administrativa Especial de Macau), é “outra vantagem” face à concorrência, nomeadamente das empresas italianas, implantadas há mais tempo na China, salienta Dora Martins.


AC.


Lusa/Fim


 

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