08/03/2012
Por De São Paulo – Valor
O consumo crescente de chás pelo mundo deverá manter os preços da commodity elevados ao longo de 2012, segundo estimativas da Agência da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO).
De acordo com a entidade, o consumo mundial aumentou em 5,6% em 2010, para 4 milhões de toneladas, alavancado pela expansão da renda em países que tradicionalmente consomem a bebida – como Índia e China -, mas também por emergentes como o Brasil, o país do cafezinho.
A China continua na liderança com o maior consumo do mundo. Em 2009, a bebida registrou crescimento no país de 8,2%. Em 2010, de 1,4%, totalizando 1,06 milhão de toneladas. Na Índia, por sua vez, o consumo cresceu 2,4% em 2009 e 1% em 2010, para 828, 8 mil toneladas.
“A demanda por chá preto, o mais produzido no mundo, superou a oferta mundial em 2009 e isso deve sustentar os preços”, disse a FAO, lembrando que além do consumo em alta, alguns países produtores sofreram com a seca e a quebra de safra, responsáveis pelo impacto imediato nos preços. Em 2011, o preço médio do quilo de chá foi de US$ 2,85.
Segundo a FAO, a produção mundial de chás cresceu 4,2%, para 4,1 milhões de toneladas, em 2010. A variedade preta, a mais consumida, cresceu 5,5%. As de chás verdes, 1,9%. A China é o maior produtor do mundo, com uma safra de 1,4 milhão de toneladas, que garantem ao país asiático 33% de participação global no mercado. A FAO prevê que a produção global de chá preto cresça à taxa anual de 1,9% e atinja a marca de 3,28 milhões de toneladas até 2021.