Os consumidores norte-americanos estão optando pelo consumo de cafés de qualidade inferior, reduzindo o consumo de cafés de maior qualidade, conseqüentemente mais caros. Os consumidores estão adotando uma postura mais econômica, reflexo das últimas crises ocorridas nos Estados Unidos, disse o diretor de um grupo americano de cafés especiais nesta terça-feira (02/09).
\”Nesse meio intervalo, o consumidor está deslocando o consumo de um café expresso mais caro, por produtos mais em conta\”, disse Ric Reinhart, diretor da Specialty Coffee Association of America, em uma Conferência Regional de Café na Nicarágua.
Nos últimos anos, gigantes como a Starbucks explodiram em popularidade, vendendo assim, mais caro seu café, algo entre US$ 3 a US$ 5 por uma bebida simples.
Mas, mesmo com todo o desenvolvimento e vantagens destas lojas em toda cadeia produtiva, a Starbucks também sentiu a desaceleração econômica, sendo forçada a cortar seus custos, fechando mais de 600 lojas.
Mas estas mudanças podem não ser uma má notícia para os produtores. Com o aumento da demanda por cafés mais baratos, aumenta-se proporcionalmente a necessidade de maior produção, disse Reinhart.
\”Em termos de consumo bruto, os valores sobem, mas, em relação ao preço, os valores caem\”, disse ele.
O setor de cafés especiais representa apenas 17% do mercado nos Estados Unidos. “Mas, os conhecedores e apreciadores de café estão dispostos a pagar um preço mais caro por uma qualidade superior”, disse Reinhart. “Vai ser mais difícil para os mais sofisticados bebedores de café renunciarem a seus hábitos de consumo”, disse ele.
\”O consumidor de café especial não está disposto a regredir\”, disse ele. \”Se você começar a vida como um bebedor de Budweiser e, em seguida, você experimentar a belga Ale, você não volta a beber a primeira\”.
Ele disse que pequenas lojas de cafés especiais estão tendendo para a consolidação com as pequenas empresas regionais, fundindo em empresas maiores. Mas não disse o efeito que essa tendência teria sobre os preços nas cafeterias.
As informações partem de agências internacionais.
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