Carlos Brando, da P&A Marketing, apresentou os cafés especiais; as novas embalagens; o expresso; o café pronto para beber; os cafés certificados; os solúveis; as lojas de café e as máquinas domésticas como as oito grandes tendências nos mercados consumidores tradicionais, no 9º Agrocafé. Segundo ele, são os consumidores que vão ditar as regras do consumo. “E cabe ao produtor entender e atender as exigências de mercado”, informou.
Ele acredita que nos próximos dez anos o mercado mundial vai consumir mais 25 milhões de sacas do grão, com crescimento de cerca de 2% ao ano.
Brando falou também sobre o risco negativo do aumento de preço do café verde, que reflete diretamente no consumidor. “Somos um país produtor e estamos hoje no meio de produtores, mas o aumento no preço do café tanto do robusta, quanto do arábica pode causar um grande impacto no consumo”, afirma, dizendo, que com o preço mais alto, o café pode ser substituído.
Na opinião da Associação Brasileira das Indústrias de café (Abic) a grande alternativa para manter e ampliar o consumo consiste na oferta de produtos de alta qualidade. Um produto sem o apelo do prazer, pode ser rapidamente descartado pelo consumidor.
Para o membro da Associação Brasileira de cafés Especiais (BSCA), Gabriel Dias, o consumo deve ser estimulado entre os jovens. “Eles foram desestimulados em uma época em que houve um marketing negativo do café. Falava-se que o café fazia mal a saúde; o que já foi provado ao contrário, por isso este nicho de consumidores devem ser atraídos”, argumentou.