A demora para o início das sangrias é o fator desestimulante dos seringais. Segundo Eny Budoc, 45 anos, pesquisadora da Embrapa Cerrados, uma solução para o problema é a adoção de sistemas agroflorestais nas plantações. “A cultura pode ser desenvolvida em consórcio com outras, como milho, café e palmito, por exemplo”, explica o pesquisador.
Plantações paralelas auxiliam o desenvolvimento das seringueiras, em função da adubação extra. Nos campos de teste da Embrapa Cerrados, os clones plantados junto com café desenvolveram-se mais rapidamente do que os cultivados isoladamente. A pesquisadora também defende que elas protegem o futuro seringal da ação de braquiárias. O custo de produção da borracha é pago pela cultura associada. De tabela, a plantação consorciada oferece uma renda extra para o produtor.
“A disposição natural do seringal é ideal para a implantação deste sistema”, defende Budoc. Isso, porque as plantas devem respeitar a densidade de 500 unidades por hectare. A disposição dos clones pode se adaptar àss características da propriedade. As seringueiras podem ser plantadas a oito metros entre linhas, por 2,5 metros entre plantas. Ou então 5 metros por 4 metros, por exemplo. O espaço livre pode ser plenamente aproveitado por outras cult