04/06/2013
Técnica que multiplica in vitro, a partir de tecido da folha, plantas de café arábica de características favoráveis, como resistência ao bicho mineiro e à ferrugem, boa qualidade de bebida e alta produtividade está disponível em publicação. Também conhecida por clonagem, a técnica foi desenvolvida pela Embrapa Café e Fundação Procafé, instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café, em parceria com o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa para o Desenvolvimento Agronômico (Cirad) e a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Para acessar a Circular Técnica Custo de Produção de Mudas Clonais de Café Arábica Produzidas por Embriogênese Somática, clique aqui.
A publicação tem como autores os pesquisadores Carlos Henrique Siqueira de Carvalho, da Embrapa Café, Ana Carolina Ramia dos Santos Paiva, Elizani Quintino Silva e Aline Aparecida Custódio.
Clonagem e suas vantagens
Segundo o pesquisador Carlos Henrique, um dos grandes benefícios dessa pesquisa é a garantia de produção de mudas de alto valor agronômico, conferindo mais competitividade ao café brasileiro no mercado nacional e internacional.
“Ao se produzir cafeeiros resistentes a pragas e doenças, o uso de agroquímicos diminui expressivamente, o que tem implicações positivas no equilíbrio do meio ambiente e na saúde do consumidor. Em um contexto de valorização dos preços da commodity e de aumento do consumo no Brasil e no exterior do produto, a produção industrial de mudas de forma sustentável – econômico social e ambientalmente – é promissora. Pode-se dizer que a produção de clones representa uma ferramenta muito valiosa para o processo de melhoramento genético do café e mantém o Brasil na vanguarda das pesquisas cafeeiras”, completa.
Outra vantagem da tecnologia de seleção de plantas matrizes de grande importância agronômica e produção de mudas clonadas é a redução para um terço do tempo convencional no processo de desenvolvimento de cultivares de café arábica, que por outras técnicas, chega a atingir cerca de 30 anos para chegar ao campo. Segundo o pesquisador, a técnica de reprodução por clonagem é considerada a mais adequada alternativa para a multiplicação de plantas híbridas (cruzadas geneticamente) em larga escala.
“Pela técnica de melhoramento tradicional, de reprodução sexuada por sementes, a pesquisa para produção de plantas de café de melhor qualidade requer muitos anos e, em alguns casos, é difícil reunir em uma cultivar características de grande interesse agronômico, tais como resistência a pragas e doenças, a variações climáticas, boa qualidade da bebida e alta produtividade. Pela multiplicação clonal, feita em laboratório, há a garantia total de que o cafeeiro reproduzido tenha todas essas qualidades, pois é uma cópia fiel da planta mãe. Em um futuro próximo, com a validação em larga escala, a multiplicação do material poderá ser feita em empresas especializadas ou em cooperativas”.
Processo de clonagem
A produção de mudas clonais de café é realizada em laboratórios de cultura de tecidos projetados para a produção em escala industrial, denominados de biofábricas. As mudas clonadas de plantas de café são produzidas por meio do uso de biorreatores desenvolvidos pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, instituição participante do Consórcio Pesquisa Café.
O biorreator participa de uma etapa importante no processo de produção de mudas clonais reduzindo o custo de produção e otimizando o processo. Segundo pesquisadores, plantas obtidas por esse processo apresentam comportamento semelhante ao de plantas oriundas de sementes, não havendo limitação para a sua utilização comercial.
Parceiros
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), por demanda do Polo de Excelência do Café (PEC/Café), é uma das instituições que apoiam financeiramente o projeto, além da Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira (Fundação Procafé), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT-CAFÉ), Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Cirad e do Consórcio Pesquisa Café. A pesquisa também conta com o apoio imprescindível de cooperativas e de produtores de regiões produtoras.
Consórcio
O Consórcio Pesquisa Café congrega instituições de pesquisa, ensino e extensão localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva a interação das instituições e a otimização de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais.
Foi criado por dez instituições: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Instituto Agronômico (IAC), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio), Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Universidade Federal de Viçosa (UFV).
FONTE
Embrapa Café
Flávia Bessa – Jornalista
31/05/2013
Produção rápida e em larga escala de
mudas clonadas de alto valor agregado que confere mais competitividade para o
café brasileiro
Técnica que multiplica in vitro, a partir de tecido da folha, plantas de café
arábica de características favoráveis, como resistência ao bicho mineiro e à
ferrugem, boa qualidade de bebida e alta produtividade está disponível em
publicação. Também conhecida por clonagem, a técnica foi desenvolvida pela
Embrapa Café eFundação Procafé, instituições participantes do Consórcio Pesquisa
Café, em parceria com o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa para o
Desenvolvimento Agronômico – Cirad e a Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia. Para acessar a Circular Técnica “Custo de Produção de Mudas
Clonais de Café Arábica Produzidas por Embriogênese Somática”, clique aqui ou no
link no final da matéria.
A publicação tem como autores os pesquisadores Carlos Henrique Siqueira de
Carvalho, da Embrapa Café, Ana Carolina Ramia dos Santos Paiva, Elizani Quintino
Silva e Aline Aparecida Custódio.
Clonagem e suas vantagens – Segundo o pesquisador Carlos Henrique, um dos
grandes benefícios dessa pesquisa é a garantia de produção de mudas de alto
valor agronômico, conferindo mais competitividade ao café brasileiro no mercado
nacional e internacional. “Ao se produzir cafeeiros resistentes a pragas e
doenças, o uso de agroquímicos diminui expressivamente, o que tem implicações
positivas no equilíbrio do meio ambiente e na saúde do consumidor. Em um
contexto de valorização dos preços da commodity e de aumento do consumo no
Brasil e no exterior do produto, a produção industrial de mudas de forma
sustentável – econômico social e ambientalmente – é promissora. Pode-se dizer
que a produção de clones representa uma ferramenta muito valiosa para o processo
de melhoramento genético do café e mantém o Brasil na vanguarda das pesquisas
cafeeiras”, completa.
Outra vantagem da tecnologia de seleção de plantas matrizes de grande
importância agronômica e produção de mudas clonadas é a redução para um terço do
tempo convencional no processo de desenvolvimento de cultivares de café arábica,
que por outras técnicas, chega a atingir cerca de 30 anos para chegar ao campo.
Segundo o pesquisador, a técnica de reprodução por clonagem é considerada a mais
adequada alternativa para a multiplicação de plantas híbridas (cruzadas
geneticamente) em larga escala. “Pela técnica de melhoramento tradicional, de
reprodução sexuada por sementes, a pesquisa para produção de plantas de café de
melhor qualidade requer muitos anos e, em alguns casos, é difícil reunir em uma
cultivar características de grande interesse agronômico, tais como resistência a
pragas e doenças, a variações climáticas, boa qualidade da bebida e alta
produtividade. Pela multiplicação clonal, feita em laboratório, há a garantia
total de que o cafeeiro reproduzido tenha todas essas qualidades, pois é uma
cópia fiel da planta mãe. Em um futuro próximo, com a validação em larga escala,
a multiplicação do material poderá ser feita em empresas especializadas ou em
cooperativas”.
Processo de clonagem – A produção de mudas clonais de café é realizada em
laboratórios de cultura de tecidos projetados para a produção em escala
industrial, denominados de biofábricas. As mudas clonadas de plantas de café são
produzidas por meio do uso de biorreatores desenvolvidos pela Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia, instituição participante do Consórcio Pesquisa Café.
O biorreator participa de uma etapa importante no processo de produção de mudas
clonais reduzindo o custo de produção e otimizando o processo. Segundo
pesquisadores, plantas obtidas por esse processo apresentam comportamento
semelhante ao de plantas oriundas de sementes, não havendo limitação para a sua
utilização comercial.
Parceiros – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
(Fapemig), por demanda do Polo de Excelência do Café (PEC/Café), é uma das
instituições que apoiam financeiramente o projeto, além da Fundação de Apoio à
Tecnologia Cafeeira (Fundação Procafé), do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia do Café (INCT-CAFÉ), Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia,
CIRAD e do Consórcio Pesquisa Café. A pesquisa também conta com o apoio
imprescindível de cooperativas e de produtores de regiões produtoras.
Veja link completo para acessar a publicação: http://www.sapc.embrapa.br/index.php/view-details/circular-tecnica/941-circular-tecnica-3-custo-de-producao-de-mudas-clonais-de-cafe-arabica-produzidas-por-embriogenese-somatica
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