O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na última semana cinco medidas que beneficiam o setor agrícola. Entre elas está a medida que estende ao café o tratamento similar ao adotado para os demais produtos amparados pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Ficou determinado que serão atendidas as cooperativas de produtores rurais que beneficiam ou industrializam o café. Atualmente, esse segmento tinha uma limitação de financiamento de até R$ 3 milhões. Agora, o crédito pode atingir até 50% da capacidade de beneficiamento ou industrialização do setor. “Com a medida, o café passa efetivamente a integrar a pauta de produtos amparados pela PGPM”, explicou o diretor do Departamento do Café do Mapa, Vilmondes da Silva. Os produtores de soja também foram contemplados. O CMN decidiu tornar em caráter definitivo a sistemática do custeio alongado. Na prática, isto quer dizer que os empréstimos que eles tomam para o plantio da safra podem ser quitados em até cinco parcelas, vencendo a primeira delas sessenta dias após a colheita. Cacau O CMN aprovou ainda a prorrogação das dívidas dos produtores de cacau. Os empréstimos foram contraídos nas etapas 1, 2 e 3 no montante de R$ 184 milhões, posição de dezembro de 2005. Nas operações das etapas 1 e 2, os cacauicultores terão encargos financeiros iguais aos praticados pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), de 6% ao ano para miniprodutores, de 8,75% para pequenos e médios e 10,75% ao ano para grandes produtores. Os produtores terão 5 anos para pagamento do saldo devedor. |