02/02/2010
A falta de chuva e o baixo preço do café conilon estão causando desânimo nos produtores do Espírito Santo. Para cortar gastos, eles diminuíram o investimento na lavoura.
Com pouca comercialização, os fertilizantes continuam no estoque. Em Marilândia, na região noroeste do Estado, o preço do adubo está até 30% menor em relação ao ano passado. Mas a falta de chuva prejudica as vendas.
“Minha média mensal no período de chuva é em torno de 400 a 500 toneladas por mês. Hoje, estou com apenas 250 toneladas”, contou Adriano Cellin, técnico agrícola.
No ano passado, muitos produtores não adubaram os cafezais por causa do alto custo dos insumos. Neste ano, o problema se repete. Sem chuva há quase um mês e com o preço do café em baixa, pelo menos 40% das lavouras da região não receberão a última carga de adubo, que deveria ser aplicada no mês de março.
A falta de água e de nutrientes resulta em grãos menores e mal formados. A chuva até ameaça cair, mas logo o sol forte aparece. Os produtores de Marilândia calculam que as perdas na safra deste ano cheguem a 15%.
Para cortar gastos, o agricultor Romeu Ferreira teve de diminuir o número de adubações na lavoura. A medida foi tomada devido ao preço do grão. “Não vai ser feita a última adubação. O custo fica muito alto”, disse.