Cem participantes da conferência “Global Initiative on Commodities”, provenientes de 70 países, conheceram na tarde de ontem (7) as pesquisas desenvolvidas na Embrapa Cerrados (Planaltina – DF) nas áreas de fruticultura, café, mandioca e integração lavoura-pecuária. O grupo, formado por representantes de órgãos governamentais, ONGs, indústrias de alimentos, instituições de pesquisa agropecuária e universidades, participa até a próxima sexta-feira, em Brasília (DF), do evento promovido pelo Fundo Comum para Produtos de Base (CPC), Grupo de Países da África, Caribe e Pacífico (ACP), Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Segundo o economista suíço Alexei Mojarov, secretário de negócios econômicos da UNCTAD, a conferência faz parte do plano de metas das Nações Unidas para alcançar, até 2015, a redução da pobreza, particularmente nos países com economias baseadas na exportação de commodities. “Há uma conexão entre pobreza e commodities, e mais de 2 bilhões de pessoas no mundo sobrevivem de commodities agrícolas”, salienta.
Mojarov destacou ainda, durante a visita à Embrapa Cerrados, que a conferência de Brasília é “uma iniciativa nova que terá prosseguimento com outra conferência internacional sobre commodities programada para abril de 2008, em Gana.”
A visita à Embrapa Cerrados, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, teve início com uma palestra sobre a contribuição da Unidade para o desenvolvimento sustentável do Bioma Cerrado, proferida pelo chefe-geral Roberto Teixeira Alves. Alves destacou que alguns projetos, como o desenvolvido em Unaí (MG), contribuem para transferir tecnologias para pequenos produtores, organizar os produtores de forma cooperada e auxiliar na inserção do produto no mercado.
A primeira estação visitada no campo apresentou pesquisas desenvolvidas com frutas tropicais e mandioca. O pesquisador Nilton Junqueira, especialista em fruticultura, citou diversas variedades de frutas lançadas com maior resistência a doenças. “O banco de germoplasma de maracujá possui 160 acessos”, comentou, salientando ainda que as novas variedades da fruta, bastante cultivada na agricultura familiar, são mais resistentes a fungos do solo.
Sobre as pesquisas com dendê, o pesquisador disse que a cultura está em fase de adaptação ao Cerrado. “Estamos tentando adaptar a esta região seca para a fabricação de biodiesel”, comenta. Junqueira destaca que a produção de dendê no Cerrado “irá diminuir a pressão sobre a Amazônia”, principal produtor.
O pesquisador Eduardo Alano apresentou uma breve história da mandioca e a importância da cultura na alimentação do brasileiro. Os participantes tiraram dúvidas sobre a produção de cultivares de mandioca ricas em licopeno e betacaroteno.
Para Kasem Prasutsangchan, analista de planejamento do Ministério da Agricultura da Tailândia, a discussão sobre commodities é útil para que os países em desenvolvimento possam lucrar mais com suas exportações. “As principais exportações da Tailândia são arroz e borracha, mas a mandioca também é muito importante para o país”, comentou.
Os experimentos com café irrigado foram tema da segunda estação. O pesquisador Cláudio Sanzonowics explicou a utilização da tecnologia do estresse hídrico para uniformização da florada do cafeeiro e os esforços feitos para que o Cerrado produza café de qualidade superior.
A terceira estação serviu para os participantes conhecerem o gado Brasil Genética Nelore (BRGN) e tirarem dúvidas sobre as alternativas para implantação da integração lavoura-pecuária (ILP). O pesquisador Geraldo Martha Júnior destacou as vantagens dos sistemas integrados e apontou tendências favoráveis à ILP.
Após a ida ao campo, os cem participantes degustaram tortas salgadas, bolos e sorvetes de jatobá, buriti, araticum, pequi, cagaita e cajuzinho-do-cerrado, frutas nativas estudadas pela Embrapa Cerrados e pouco conhecidas no exterior.
Cem participantes da conferência “Global Initiative on Commodities”, provenientes de 70 países, conheceram na tarde de ontem (7) as pesquisas desenvolvidas na Embrapa Cerrados (Planaltina – DF) nas áreas de fruticultura, café, mandioca e integração lavoura-pecuária. O grupo, formado por representantes de órgãos governamentais, ONGs, indústrias de alimentos, instituições de pesquisa agropecuária e universidades, participa até a próxima sexta-feira, em Brasília (DF), do evento promovido pelo Fundo Comum para Produtos de Base (CPC), Grupo de Países da África, Caribe e Pacífico (ACP), Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Segundo o economista suíço Alexei Mojarov, secretário de negócios econômicos da UNCTAD, a conferência faz parte do plano de metas das Nações Unidas para alcançar, até 2015, a redução da pobreza, particularmente nos países com economias baseadas na exportação de commodities. “Há uma conexão entre pobreza e commodities, e mais de 2 bilhões de pessoas no mundo sobrevivem de commodities agrícolas”, salienta.
Mojarov destacou ainda, durante a visita à Embrapa Cerrados, que a conferência de Brasília é “uma iniciativa nova que terá prosseguimento com outra conferência internacional sobre commodities programada para abril de 2008, em Gana.”
A visita à Embrapa Cerrados, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, teve início com uma palestra sobre a contribuição da Unidade para o desenvolvimento sustentável do Bioma Cerrado, proferida pelo chefe-geral Roberto Teixeira Alves. Alves destacou que alguns projetos, como o desenvolvido em Unaí (MG), contribuem para transferir tecnologias para pequenos produtores, organizar os produtores de forma cooperada e auxiliar na inserção do produto no mercado.
A primeira estação visitada no campo apresentou pesquisas desenvolvidas com frutas tropicais e mandioca. O pesquisador Nilton Junqueira, especialista em fruticultura, citou diversas variedades de frutas lançadas com maior resistência a doenças. “O banco de germoplasma de maracujá possui 160 acessos”, comentou, salientando ainda que as novas variedades da fruta, bastante cultivada na agricultura familiar, são mais resistentes a fungos do solo.
Sobre as pesquisas com dendê, o pesquisador disse que a cultura está em fase de adaptação ao Cerrado. “Estamos tentando adaptar a esta região seca para a fabricação de biodiesel”, comenta. Junqueira destaca que a produção de dendê no Cerrado “irá diminuir a pressão sobre a Amazônia”, principal produtor.
O pesquisador Eduardo Alano apresentou uma breve história da mandioca e a importância da cultura na alimentação do brasileiro. Os participantes tiraram dúvidas sobre a produção de cultivares de mandioca ricas em licopeno e betacaroteno.
Para Kasem Prasutsangchan, analista de planejamento do Ministério da Agricultura da Tailândia, a discussão sobre commodities é útil para que os países em desenvolvimento possam lucrar mais com suas exportações. “As principais exportações da Tailândia são arroz e borracha, mas a mandioca também é muito importante para o país”, comentou.
Os experimentos com café irrigado foram tema da segunda estação. O pesquisador Cláudio Sanzonowics explicou a utilização da tecnologia do estresse hídrico para uniformização da florada do cafeeiro e os esforços feitos para que o Cerrado produza café de qualidade superior.
A terceira estação serviu para os participantes conhecerem o gado Brasil Genética Nelore (BRGN) e tirarem dúvidas sobre as alternativas para implantação da integração lavoura-pecuária (ILP). O pesquisador Geraldo Martha Júnior destacou as vantagens dos sistemas integrados e apontou tendências favoráveis à ILP.
Após a ida ao campo, os cem participantes degustaram tortas salgadas, bolos e sorvetes de jatobá, buriti, araticum, pequi, cagaita e cajuzinho-do-cerrado, frutas nativas estudadas pela Embrapa Cerrados e pouco conhecidas no exterior.