Condições climáticas afetam safra mundial de café

Países produtores tem revisado para baixo as suas estimativas

13/05/2010


A Organização Internacional do Café (OIC) divulgou seu relatório mensal sobre o mercado cafeeiro, referente a abril, no qual apontou a safra mundial 2009/10 em 121,951 milhões de sacas de 60 kg, volume 4,79% inferior às 128,088 milhões de sacas produzidas no ciclo cafeeiro 2008/09.


Segundo Néstor Osorio, diretor-executivo da entidade, as condições climáticas adversas continuam afetando a safra atual e, como reflexo, muitos países produtores tem revisado para baixo as suas estimativas, particularmente o Vietnã. “Fontes privadas também forneceram estimativas para a produção global no ano safra 2009/10. Mantenho a minha estimativa total para o ciclo, mas, devido ao desenvolvimento atípico da produção, continuarei a acompanhar a evolução pelos próximos seis meses”, indicou, fazendo menção a uma possível revisão dos números.


No que se refere à safra colombiana 2009/10, Osorio relatou que informações recebidas recentemente apontam para certa recuperação em abril. A produção total nos primeiros sete meses (outubro de 2009 a abril 2010) já atingiu 4,6 milhões de sacas, inferior às 5,8 milhões de sacas do mesmo período de 2008/09. “O nível da recuperação dependerá do desempenho dos cinco meses restantes da safra 2009/10”, anotou.


O diretor-executivo da OIC anotou que a temporada 2010/11 já começou em vários países, incluindo Brasil, Indonésia, Papua Nova Guiné e Peru. No caso do Brasil, este ano safra corresponde ao ano de alta produtividade para os cafés arábicas, de acordo com seu ciclo de produção bienal. “Conforme estimativas revisadas recentemente pelas autoridades brasileiras, a produção total será de 47 milhões de sacas, incluindo 35,3 milhões de arábica e 11,7 milhões de robusta. Isso representa um aumento de 22,3% na produção de arábica e 10,7% na de robusta”, considerou.


Osorio recordou, no entanto, que deve se considerar que os produtores brasileiros estão seriamente preocupados com o rápido desenvolvimento do fenômeno La Niña, que geralmente é a causa da seca na América do Sul. “Há um crescente risco de que o resfriamento anormal causado pelo La Niña possa provocar geadas”, explicou.


Por fim, o diretor-executivo da Organização fez menção ao programa de Opções Públicas de Venda de Café realizado pelo Brasil. “O governo brasileiro informou que o volume total de café adquirido ao abrigo do programa de Opções foi de 1,8 milhão de sacas”.


 

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