Concurso Café Qualidade Paraná 2011 – Resultado Regional Maringá

11 de outubro de 2011 | Sem comentários Agenda & Eventos Mais Café

Tradição fala alto na etapa regional Maringá do Concurso Café Qualidade Paraná


Cooperada da Cocari tem Café Especial Raro e é forte candidata ao prêmio estadual


O anúncio do melhor café da regional Maringá foi feito na última sexta-feira (7/10) durante o Encontro de Cafeicultores em Mandaguari, realizado no Centro de Convenções Dr. Décio da Silva Bacelar, na presença de cerca de 350 convidados. Na abertura do evento, o presidente da Cocari, Vilmar Sebold, disse que café é uma cultura que se planta e que se administra por toda a vida. Sucessão familiar foi outro ponto enfatizado em palestra durante o evento. Essa receita de sucesso tem um ingrediente infalível: tradição. E essa tradição falou alto e marcou presença muito fortemente durante a premiação. Nesta edição, 13 amostras concorreram ao prêmio regional.


Café Especial Raro – A ganhadora na categoria Micro Lote foi dona Olívia Fustinoni da Silva, que alcançou nota 95, classificação Especial Rara, de acordo com a tabela da Associação Internacional dos Provadores de Café. Dona Olívia foi campeã estadual e nacional na Categoria Natural, em 2009. Ela estava muito emocionada e surpresa. “Eu fiquei surpresa, até falei que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, nem a graça deve cair, mas caiu. Eu já defendi o café do Brasil, em Fortaleza, em 2009, e agora aconteceu outra vez”, disse.


Notas – Os critérios de avaliação conferiram as seguintes pontuações: Bebida limpa: notas de 7 a 8; Gosto remanescente: 6 a 7; Acidez: 6 a 7; Corpo: 5 a 7; Doçura: 6 a 7; Balanço: 6 a 7; Geral: 6 a 7. Somados 36 pontos, de acordo com a regra do concurso, o café recebeu a classificação máxima, de acordo com a tabela da Associação Internacional dos Provadores de Café.  Ela segue na competição com grandes chances de conquistar novamente os títulos, desta vez na Categoria Micro Lote. 


Café Natural – Na categoria Café Natural, dois produtores da família Rosseto, tradicional na cafeicultura mandaguariense, cooperados da Cocari, ocuparam os lugares de destaque nessa fase: primeira e segunda colocações.  Eles já estão acostumados a estar entre os melhores.


1º lugar – Ademir Antonio Rosseto, com nota 88 – classificação de Café Excelente, foi o campeão regional. Ele disse que inovar em qualidade e manter a tradição é uma busca contínua. “Graças a Deus, a gente luta para isso e vamos tentar melhorar cada vez mais. Eu já estou no segundo ano em primeiro lugar aqui na regional e é gratificante para a gente. Muito bom”, comemorou o produtor, que falou dos segredos da conquista. “A colheita bem feita, a secagem, eu acho que são importantes, nada a mais que isso. Tem que adotar a tecnologia de ponta para tentar tirar melhores cafés, com auxílio dos agrônomos da cooperativa, do técnico da Emater, que sempre nos orientam”, justificou.


2º ligar – Ronaldo Rosseto, que ficou em 2º lugar, com nota 86, também classificado como Café Excelente, disse que a meta na propriedade é o aprimoramento constante.  “É uma sequência de ano a ano, cada vez aprimorando mais, tirando alguns errinhos e cuidando um pouquinho melhor, para chegar no objetivo, que é a melhor qualidade do café que tem. Então, a gente vai lutando para isso, para conseguir qualidade, porque hoje em dia, se você conseguir qualidade, está indo bem”, assegurou.


3º lugar – O 3º colocado, Edson Lopes, recebeu nota 86. A diferença para o segundo lugar foi de décimos na pontuação. A classificação obtida também foi Excelente.


Mérito do produtor – Para Roberval Simões Rodrigues, engenheiro agrônomo responsável pelo Setor de Café da Cocari, o mérito é, principalmente, do trabalho do produtor. “Eles vêm ano a ano melhorando os processos de seca de café, adubação. Aos poucos tão chegando, eu acredito, ao nível máximo que se possa atingir na região para a bebida de café natural”, observou.  Ele disse ainda que isso é, em parte, consequência de a região ter tido um campeão nacional, pois o que deu certo com um, foi repassado para os demais, que vão aos poucos descobrindo os segredos.


Qualidade perfeita – O degustador e classificador de café da Cocari, Mário da Silva, comentou que em comparação ao ano passado, este ano foram poucas amostras participantes na fase regional. Entretanto, segundo ele, de qualidade perfeita. Ele explicou que o café pode ter aroma frutal ou floral e que o bom café tem os dois na medida certa. “E a degustação desse café é prazerosa, não dá vontade de jogar, a tendência é querer engolir, de tão perfeito que é. É um café suave, doce e encorpado. Nossa região é boa porque dá corpo ao colocar na boca, o sabor explode no paladar. Esse é o café redondo”, disse Silva.


Respeito à origem – O presidente da Cocari, Vilmar Sebold, disse que o zelo com relação à cafeicultura é uma questão de respeito à origem da cooperativa. “Um povo que não respeita sua história não tem futuro. A história da Cocari está atrelada e vai estar sempre atrelada ao café, que foi a origem de tudo. O que tem acontecido desde 1994, numa sementinha até agora, fechando então nesses últimos sete anos, de 2004 a 2011, mas que começou em 1994, efetivamente faz toda a diferença. Basta nós lembrarmos que na Cocari o café era um segmento praticamente em extinção. Quando nós começamos, no primeiro ano, não recebemos 2 mil sacas de café e hoje, independente de qualquer coisa, é o respeito por essas pessoas que produzem, é o respeito por esses produtores de café que originaram a Cocari, que fazem parte da cooperativa com uma importância extrema, porque eles preservam a história. Então, todos os segmentos dentro da Cocari são importantes, temos segmentos hoje cujo faturamento é extremamente elevado, até muito mais elevado do que o próprio café, mas o café é a origem de tudo.”


Festival de Coada – Nesta edição do Festival de Coada, 17 competidores participaram, inclusive um homem, todos pertencentes a famílias de produtores cooperados da Cocari. 


Em 1º lugar ficou Luzia Cristina Medina Rosseto; em 2º lugar Elza Aparecida Rosseto; e em 3º lugar Marcia Bento Ricardo.


Pratos à Base de Café – Valorizando a diversificação da culinária à base de café, também foram premiados os três melhores doces elaborados com o fruto.  Uma tarde entre amigos pede um café, mas o dia quente pedia mesmo algo gelado; Maria de Lourdes Piasentin agradou os jurados com seu Gelado de Ricota com Café e ficou em 1º lugar; a preferência pelo gelado se manteve e o Sorvete de Café, de Maria Rosa Cedran Rosseto, caiu no gosto dos degustadores, colocando-a em segundo lugar na competição; o talento para a culinária à base de café Vanessa Rosseto herdou da mãe (a 2º colocada), o Bolo Mousse de Brigadeiro de Ameixa e Café preparado por Vanessa ficou em terceiro lugar na preferência dos provadores. 


Imprensa Cocari

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