17/12/09
Alexandre Inacio
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para cima sua projeção para a safra 2009 de café do Brasil. O quarto e último levantamento indicou uma oferta de 39,47 milhões de sacas, volume 1,2% superior aos 39,01 milhões de sacas estimadas no levantamento anterior. Mesmo com o ajuste, a produção brasileira continua interior – 14,2% – à safra passada, quando foram colhidas 45,99 milhões de sacas de café.
Das 39,47 milhões de sacas que serão produzidas nesta temporada, 28,86 milhões serão da variedade arábica – de melhor qualidade -, volume que representa uma queda de 18,7% em comparação ao ano passado. No caso do conilon, serão colhidas 10,61 milhões de saca, queda de 4,3%.
O relatório confirmou que as chuvas que atingiram os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná durante o mês de setembro atrapalharam a colheita e prejudicaram a qualidade dos grãos. Apesar disso, os técnicos da Conab consideram que o volume de chuvas acima da média “favoreceu o início de uma florada vigorosa”. Em São Paulo, por exemplo, a entidade elevou em 4,4% sua estimativa de produção para 3,42 milhões de sacas.
Mesmo assim, a bienalidade da cultura em ano de baixa para o café arábica, os menores investimentos nos tratos culturais e a intensificação das podas em algumas regiões são apontados como os principais motivos para a queda de 2009. “A produção não atingiu as 40 milhões de sacas como chegou a ser estimado por algumas pessoas e pode ser que o número da Conab também não seja atingido. A chuva impediu que muito café deixasse de ser colhido”, afirma Gilson Ximeses, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC).
Mesmo com poucas mudanças em relação ao relatório anterior, o último levantamento do ano mostra como destaque o aumento da participação do Espírito Santo na produção nacional. Em 2008, o Estado representava uma fatia de 22% do total produzido no Brasil e neste ano deve ficar com uma parcela de 26%, se consolidando como segundo maior produtor nacional. O avanço capixaba ocorreu sobre a menor participação de São Paulo e Paraná, que caíram de 10% para 8% e 6% para 4%, respectivamente.
Minas Gerais permanece no topo do ranking da produção nacional. O Estado será responsável por metade da produção brasileira neste ano, o representa uma queda de um ponto percentual ante os 51% de 2008. Em 2009, a produção mineira será de 19,88 milhões de sacas.
17/12/2009
Alexandre Inacio, de São Paulo
A COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB) revisou para cima sua projeção para a safra 2009 de café do Brasil. O quarto e último levantamento indicou uma oferta de 39,47 milhões de sacas, volume 1,2% superior aos 39,01 milhões de sacas estimadas no levantamento anterior. Mesmo com o ajuste, a produção brasileira continua interior – 14,2% – à safra passada, quando foram colhidas 45,99 milhões de sacas de café.
Das 39,47 milhões de sacas que serão produzidas nesta temporada, 28,86 milhões serão da variedade arábica – de melhor qualidade -, volume que representa uma queda de 18,7% em comparação ao ano passado. No caso do conilon, serão colhidas 10,61 milhões de saca, queda de 4,3%.
O relatório confirmou que as chuvas que atingiram os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná durante o mês de setembro atrapalharam a colheita e prejudicaram a qualidade dos grãos. Apesar disso, os técnicos da CONAB consideram que o volume de chuvas acima da média “favoreceu o início de uma florada vigorosa”. Em São Paulo, por exemplo, a entidade elevou em 4,4% sua estimativa de produção para 3,42 milhões de sacas.
Mesmo assim, a bienalidade da cultura em ano de baixa para o café arábica, os menores investimentos nos tratos culturais e a intensificação das podas em algumas regiões são apontados como os principais motivos para a queda de 2009. “A produção não atingiu as 40 milhões de sacas como chegou a ser estimado por algumas pessoas e pode ser que o número da CONAB também não seja atingido. A chuva impediu que muito café deixasse de ser colhido”, afirma Gilson Ximeses, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC).
Mesmo com poucas mudanças em relação ao relatório anterior, o último levantamento do ano mostra como destaque o aumento da participação do Espírito Santo na produção nacional. Em 2008, o Estado representava uma fatia de 22% do total produzido no Brasil e neste ano deve ficar com uma parcela de 26%, se consolidando como segundo maior produtor nacional. O avanço capixaba ocorreu sobre a menor participação de São Paulo e Paraná, que caíram de 10% para 8% e 6% para 4%, respectivamente.
Minas Gerais permanece no topo do ranking da produção nacional. O Estado será responsável por metade da produção brasileira neste ano, o representa uma queda de um ponto percentual ante os 51% de 2008. Em 2009, a produção mineira será de 19,88 milhões de sacas.