Café sofre efeitos da bienalidade negativa e do clima
A produção nacional de café beneficiado em 2009, estimada nesta quinta-feira (8) pela Conab, deve ficar entre 36,9 e 38,8 milhões de sacas de 60 quilos. Os números são da primeira pesquisa da safra atual e representam uma redução, conforme o intervalo inferior ou superior, de 19,8% a 15,6% em relação à colheita passada, de 46 milhões de sacas, ou seja, uma diminuição média de 8,2 milhões de sacas.
O café tipo arábica, que corresponde a 74,6% do plantio total, varia entre 26,8 e 28,3 milhões de sacas, contra as 35,5 milhões do ano passado. A redução média é de 22,3% (8,6 a 7,2 milhões de sacas). Já o conilon ou robusta representa 25,4% da produção nacional e varia de 10 a 10,5 milhões de sacas.
Os principais fatores responsáveis por essa queda são o ciclo da baixa bienalidade da cultura em áreas do arábica, a irregularidade de chuvas e temperaturas elevadas, além de menor investimento nos tratos culturais e intensificação das podas que interferem na produtividade.
O estado de Minas Gerais detém 48,6% de toda produção do país, sendo 66% do arábica. Em segundo lugar vem o Espírito Santo com 25% da colheita total, com destaque para a produção do conilon, responsável por 69% da estimativa nacional.
Área – A área de café sofreu redução de 0,5%, ou de 11,9 mil hectares. São 2,35 milhões contra 2,36 milhões de hectares registrados em 2008. Mais de 90% do plantio estão em produção e o restante dos cafezais em formação.
A pesquisa foi realizada no período de 16 a 29 de novembro do ano passado, junto a diversas instituições parceiras da Conab nos principais estados produtores, como Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná, Rondônia e Rio de Janeiro. (Raimundo Estevam/Conab)
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Previsao safra Conab janeiro 2009