Máquina de café expresso desenvolvida para a Estação Espacial Internacional (Divulgação)
Na segunda-feira, a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) foi equipada com uma máquina de café expresso. O objeto chegou a bordo de uma nave Soyuz, que levou os astronautas Terry Virts, Anton Shkaplerov e Samantha Cristoforetti para a estação. Pesando 20 quilos, a ISSpresso — nome dado à máquina — foi desenvolvida pela Lavazza Coffee e a empresa de engenharia Argotec, ambas italianas.
O item mais importante do café expresso é a pressão. De acordo com o Instituto Nacional Expresso Italiano, a água quente precisa atingir o café a uma pressão de 9 bars para que ele possa ser considerado um expresso italiano. Sem a ajuda da gravidade, porém, a tarefa fica mais complicada. A água quente e o café se transformariam em gotas e sairiam flutuando pela estação, podendo ferir os astronautas e os sensíveis equipamentos eletrônicos da ISS.
Por esse motivo, todo o processo da ISSpresso é feito no interior da máquina: á água adquire calor e pressão circulando pelo equipamento e é atirada em uma cápsula de café. O resultado é bombeado para um tipo de saco plástico, de onde o astronauta bebe o café com um canudo. De acordo com o jornal The Guardian, o vice-presidente da empresa de café, Giuseppe Lavazza, garante que o gosto é exatamente igual ao dos expressos terrestres.
A Argotec trabalha neste equipamento desde 2012, quando o astronauta italiano Luca Parmitano disse, depois de apenas uma semana em órbita, que a única coisa da qual ele sentia falta era um bom expresso italiano.