Clima deixa preço instável
Como o preço do café está sempre atrelado ao clima, o mercado este ano é bastante apreensivo. A possibilidade de frentes frias e de geadas no estado deixa os produtores em alerta. Segundo o corretor da Bolsa de Cereais de Londrina, Marcos Bacceti, a instabilidade no mercado é muito grande.
Ele exemplifica com a cotação da bolsa de valores de Nova York, que na quinta-feira da semana passada, fechou com 345 pontos em alta e no dia seguinte apresentou números de 135 pontos de baixa. ‘‘O mercado é totalmente instável. A cada confirmação meteorológica de massa de ar frio e geadas, aumentam as bolsas. Os boletins são emitidos de hora em hora e o mundo inteiro acompanha essas alterações’’.
O corretor acredita no mercado a médio e longo prazo. Para este ano, a safra estimada de 32 milhões de sacas de café é bem menor do que a expectativa para 2008, que gira entre 42 mil a 43 mil sacas.
A redução da área plantada, de 2002 até agora, em função das dificuldades de custos e a baixa produtividade em relação ao potencial brasileiro também prejudicam, sem contar a baixa cotação do dólar. No Paraná a saca do café de bom aspecto e de boa bebida está sendo vendida entre R$ 220 e R$ 225 a saca. O café com cata está sendo comercializado entre R$ 210 e R$ 215 a saca. ‘‘Será um ano de várias interferências no mercado’’. (M.O.)